Azedou de vez? Ibovespa tem próxima parada definida: 48.000 pontos

Em tendência de queda, benchmark brasileiro fechou a última semana em seu menor patamar desde 7 de outubro de 2011

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Na última semana, o Ibovespa voltou a cair forte, terminando a sexta-feira (7) em 51.619 pontos – seu menor fechamento desde 7 de outubro de 2011. Foi a primeira vez que o índice perdeu o suporte dos 52.000 pontos nestes 20 meses, mostrando que o cenário para a bolsa brasileira não é nada animador. Caso confirme a perda deste suporte nas próximas sessões, analistas técnicos enxergam a “próxima parada” do benchmark da Bovespa na faixa dos 48.000 pontos.

“Não sei se azedou de vez, mas o cenário não está bom. Estamos em uma tendência de baixa, podemos perder suporte, temos que trabalhar com o cenário de baixa”, destaca Gilberto Coelho, analista técnico da Ativa Corretora. Ele destaca que a perda abre espaço para a queda até os 50.000 pontos, considerado um importante patamar psicológico, onde deve ter um enrosco temporário. 

Mas a próxima parada do Ibovespa deve ser a região entre 47.700 pontos e 48.000 pontos – o que pode acontecer logo nas próximas duas semanas em um cenário pessimista, na opinião de Dalton Vieira, analista técnico parceiro da InvestMania. Coelho, da Ativa, ressalta ainda outros fatores que colaboram para que hoje o mercado trabalhe com um cenário de baixa, tais como juros e dólar em alta, possível rebaixamento brasileiro e topo triplo nas bolsas norte-americanas. “Tem muita coisa derrubando a gente”, complementa o grafista.

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Um repique a caminho?
O temor de Vieira, no entanto, é em saber como essa perda dos 52.000 pontos será interpretada pelo mercado. Para ele, embora o cenário esteja totalmente voltado para mais quedas, é possível que vejamos um repique até os 52.400 pontos. “O mercado pode reverter totalmente na semana que vem, mas o mais provável é o cenário de baixa. O primeiro índicio é muito negativo”, salienta. 

Essa correção da semana que vem deverá ter uma intensidade fraca, mesmo que perdure alguns dias. “Pode subir três pregões na semana que vem, mas acho difícil ter forças para levar o índice aos 55.000 pontos. E se o movimento de correção vier fraco, a maior chance é que haja uma retomada da queda até os 48.000 pontos”, avalia o grafista parceiro da InvestMania. 

Por conta disso, os analistas acreditam que o ideal é operar com calma e cuidado nas próximas semanas, para não ser enganado por uma breve recuperação – que pode ser logo perdida. “Podemos ver oportunidades de compra no curto prazo, mas a tendência é de queda no longo”, destaca Coelho.

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Ainda há ações em tendência de alta
Nesse momento, o analista da Ativa recomenda ir atrás das ações que estão em tendência de alta, que ainda mostram ganhos apesar do movimento de fraqueza do índice nos últimos dias.

“O investidor pode buscar algumas oportunidades em vários papéis, como Fibria (FIBR3), Suzano (SUZB5), Embraer (EMBR3)”, finaliza.