Axia (AXIA3) aprova distribuição de R$ 30 bi em reservas via bonificação de ações

A bonificação prevê a distribuição de 0,2628 PNC para cada ação ordinária ou preferencial detida na data de corte

Felipe Moreira

Ativos mencionados na matéria

Fachada da Axia Energia (Crédito:
Divulgação AXIA Energia)
Fachada da Axia Energia (Crédito: Divulgação AXIA Energia)

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Os acionistas da Axia Energia (AXIA3) aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última sexta-feira (19), uma ampla reorganização de sua estrutura acionária e uma capitalização bilionária das reservas de lucro. Entre as medidas, estão a criação de uma nova classe de ações preferenciais, PN classe C (PNC), a conversão das ações preferenciais classes A e B em novas classes A1 e B1 e a emissão da classe R (PNR), que será integralmente resgatada de forma compulsória.

Com isso, tornou-se efetiva a capitalização de R$ 30 bilhões por meio da emissão de 606,8 milhões de ações PNC, distribuídas aos acionistas como bonificação, enquanto o valor de resgate das PNR foi fixado em R$ 1,29947 por ação, conforme deliberação prévia do Conselho de Administração. A bonificação prevê a distribuição de 0,2628 PNC para cada ação ordinária ou preferencial detida na data de corte, estabelecida para 19 de dezembro, com início das negociações ex-direito em 22 de dezembro na B3, sob o ticker AXIA7, mesmo dia em que as ADRs lastreadas em PNCs passam a ser negociadas na NYSE.

Os tickers das ações A1 e B1 permanecem inalterados, como AXIA5 e AXIA6, respectivamente. A entrega das novas ações aos acionistas ocorrerá até o fim de dezembro, tanto no mercado local quanto no exterior.

Não perca a oportunidade!

A companhia ressaltou que os ajustes estatutários e a reorganização acionária visam otimizar a estrutura de capital e alinhar a distribuição de valor aos acionistas, mantendo transparência e previsibilidade no processo. O resgate compulsório das ações PNR será pago em parcela única no dia 13 de janeiro, considerando como base a posição acionária ao final de 19 de dezembro.

O Itaú BBA avalia que a operação configura um uso eficiente das reservas de lucros acumuladas, antecipando possíveis mudanças na tributação de dividendos e alinhando-se à estratégia de alocação de capital da Axia.

De acordo com a instituição, os termos detalhados reforçam a percepção de que a Axia está gerindo ativamente sua estrutura de capital, buscando equilibrar a capacidade de investimento, a remuneração aos acionistas e o fortalecimento da governança.