Autoridades do Fed elogiam estímulo e discutem futuros planos

Em setembro, o Fed anunciou um programa ilimitado de compra de bônus que começou com US$ 40 bilhões por mês em ativos hipotecários

Reuters

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NOVA YORK/LITTLEROCK – Membros do Federal Reserve parecem satisfeitos com seu mais recente estímulo monetário, embora ainda haja certo desacordo sobre a força das próximas compras, mostraram declarações de duas autoridades do banco central norte-americano na segunda-feira (3).

O presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, um dos principais defensores das compras de ativos do Fed, disse apoiar que o Fed mantenha seu enfoque em relação a políticas acomodativas no ano que vem e continue a comprar um total de 85 bilhões de dólares em bônus mensalmente.

Em setembro, o Fed anunciou um programa ilimitado de compra de bônus que começou com 40 bilhões de dólares por mês em ativos hipotecários.

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O novo esforço para impulsionar a economia se soma a um programa separado em que o Fed compra 45 bilhões de dólares por mês em Treasuries, instrumentos de dívida soberana norte-americana, de prazo mais longo, com o dinheiro captado com vendas de uma quantidade semelhante de dívida de prazo mais curto.

Este plano, conhecido como Operação Twist, expira no fim deste mês, e a maior parte dos analistas espera que o banco central substitua o programa por compras do mesmo montante em Treasuries de longo prazo.

No entanto, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, argumentou que o banco central não deveria substituir seu programa Operação Twist por um programa envolvendo um montante igual.

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Ele disse que o impacto de compras diretas que expandem ainda mais o portfólio de 2,8 trilhões de dólares do Fed seria mais pronunciado do que os efeitos da Twist, onde o financiamento para as compras de longo prazo vem da venda ou da redenção de instrumentos de prazo menor.

“Se a meta é manter a política monetária em seu caminho atual, a proporção de substituição deve ser menor do que um para um”, disse Bullard à Câmara do Comércio da cidade de Little Rock. Em uma entrevista separada ao Wall Street Journal, Bullard sugeriu 25 bilhões de dólares com um montante mensal adequado.

A economia dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anual de 2,7 por cento no terceiro trimestre, mas deve ter desacelerado nos últimos meses do ano. O desemprego continua elevado a 7,9 por cento.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, argumentou que as compras de ativos hipotecários do Fed forneceram o apoio necessário à economia, mesmo se seus benefícios no alívio de condições financeiras não tenham sido diretamente transferidos de instituições financeiras a clientes.

“Nossa política tem sido e continua a ser efetiva – embora certamente não seja toda poderosa nas atuais circunstâncias”, disse ele em uma conferência sobre finanças hipotecárias no Fed de Nova York, em que sua contraparte do Fed de Boston, Rosengren, também participava.

A conferência tinha o objetivo de explorar alguns dos obstáculos na transmissão da política do Fed para consumidores norte-americanos, disse Dudley.

“Focamos na … significativa ampliação dos spreads entre yields (rendimentos) de ativos hipotecários e as taxas hipotecárias primárias”, disse ele.

Em resposta à crise financeira e à profunda recessão de 2007 a 2009, o Fed já reduziu os juros oficiais a zero e comprou cerca de 2,3 trilhões de dólares em títulos do governo e lastreados em hipotecas antes do lançamento de seu mais recente estímulo.