Aura Minerals “surfa” na alta do ouro e BBI mantém compra para ações após disparada

O banco aumentou o preço-alvo para o final de 2026 para US$ 59,00/ação, ante aos US$ 35,00 na avaliação anterior

Erick Souza

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Publicidade

Mesmo com o desempenho positivo das ações (com ganhos de 77% desde agosto), o Bradesco BBI reforça a recomendação para a Aura Minerals negociadas nos EUA (BDR: AURA33). A avaliação otimista é uma combinação de dois fatores: crescimento consistente e a tese de preço do ouro elevado por um período prolongado.

O banco aumentou o preço-alvo para o final de 2026 para US$ 59,00/ação, ante aos US$ 35,00 na avaliação anterior para os papéis AUGO US negociados nos EUA. A mudança, de acordo com o banco, reflete a incorporação dos resultados do 3º trimestre de 2025, a nova perspectiva macroeconômica da BBI e projeções de preços mais altos para o metal.

Os analistas destacam o crescimento consistente na produção da companhia ao longo dos últimos trimestres. Com base neste cenário, o BBI projeta uma produção de 380 mil onças em 2026. Esse valor representa um aumento de 38% em relação ao ano anterior. Para 2028, seguindo a linha otimista, a produção deve chegar a 550 mil onças (oz), dobrando o resultado esperado de 2025.

Aproveite a alta da Bolsa!

A expectativa de mais crescimento se ampara na melhoria do desempenho das operações existentes, com a integração de Serra Grande e as expansões em áreas já exploradas em Almas e Borborema, assim como a construção e aumento da produção em Matupá e Era Dorada.

Rendimento e tese de valorização

De acordo com os analistas, ações da Aura tiveram o rendimento mais alto entre as empresas do setor de Materiais da América Latina, sendo negociadas a um rendimento de FCF (fluxo de caixa livre) de 8% em 2026. Mesmo com a valorização acumulada no ano, o BBI espera que a companhia precifique o ouro a longo prazo em, aproximadamente, US$ 2.800/oz, contra o preço à vista de US$ 4.300/oz.

Leia mais: Ouro brilha com força recorde: metal ainda tem fôlego para 2026?

Continua depois da publicidade

Para o setor, o BBI prevê que o preço médio do ouro será de US$ 4.200/oz em 2026 (acima dos US$ 4.000/oz anteriores) e de US$ 3.700/oz em 2027 (acima dos US$ 3.500/oz anteriores ). A longo prazo, o preço médio será de US$ 3.300/oz.

O otimismo leva em consideração uma demanda persistente de bancos centrais e investidores, como o mercado emergente chinês, e um dólar americano enfraquecido por um período maior. O cenário ainda prevê riscos em curso no cenário macroeconômico e geopolítico e pressões inflacionárias.