Atenção: as 3 ações para ficar de olho logo no início do pregão

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta-feira

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – O último dia para a Bolsa brasileira em 2016 promete ser de baixa liquidez, mas há importantes indicadores para se atentar nesta quinta-feira (29). No noticiário corporativo, chama a atenção a terceira prévia da nova carteira do Ibovespa e os desinvestimentos da Petrobras, enquanto o mercado digere o veto parcial de Michel Temer à renegociação da dívida dos estados. Nos EUA, atenção para os dados do petróleo, que também podem mexer com as ações da Petrobras. Confira ainda as três ações para monitorar logo no início do pregão.

1. Bolsas mundiais
A maior parte das bolsas mundiais registra queda nesta quinta-feira, de olho nos últimos indicadores econômicos de 2016. Nos EUA, atenção especial para os dados de estoque de petróleo. Cabe destacar que o petróleo reduziu a baixa registrada mais cedo com alta dos estoques mostrada pelo API.  

Já as ações de mineradoras recuam no Stoxx 600, sem repetir a alta de quarta, quando o minério de ferro seguiu em alta na China com expectativa de retomada da demanda do país em 2017. 

Continua depois da publicidade

Na Ásia, o fortalecimento do iene derruba a bolsa em Tóquio e com a queda de 16% dos papéis da Toshiba Corp, após notícias de uma potencial forte baixa contábil levar ao rebaixamento de sua classificação. Já os mercados da China tiveram pouca variação nesta quinta-feira em meio a um otimismo diante de menores preocupações com a liquidez e cautela dos investidores com a perspectiva de medidas regulatórias para conter investimentos agressivos em ações por seguradoras. Já as ações europeias têm baixas mais moderadas.  

Às 7h53, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,01%

Continua depois da publicidade

* CAC-40 (França) -0,08%

*DAX (Alemanha) -0,28%

* Xangai (China) -0,18% (fechado)

Publicidade

*Hang Seng (Hong Kong) +0,17% (fechado)

* Nikkei (Japão) -1,32% (fechado)

*Petróleo brent -0,44%, a US$ 53,82, o barril

Continua depois da publicidade

2. Agenda de indicadores
O destaque doméstico é a taxa de desemprego medida pela Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio) Contínua, que será publicada às 9h. A expectativa do mercado é que o taxa avance ligeiramente para 11,9% em novembro, ante 11,8% em outubro, segundo levantamento da Bloomberg com 27 economistas. Foi revelada ainda a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), referência para ajustar contratos de aluguel. O indicador subiu 0,54% em dezembro na comparação mensal, ante estimativa de 0,45%, e fechou 2016 em 7,17%, ante 10,54% do ano anterior. Ainda hoje, às 16h30, serão conhecidos também os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Nos Estados Unidos, os principais dados são a balança comercial de novembro e os pedidos de auxílio desemprego de dezembro, ambos às 11h30. Às 14h, saem os dados de estoques de petróleo.

3. Noticiário político
Como já sinalizado ontem pelos ministérios da Fazenda e Casa Civil, o presidente Michel Temer formalizou a sanção com vetos da lei complementar que estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao DF e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal. O veto atinge o denominado Regime de Recuperação Fiscal, previsto no Capítulo II do projeto e que trazia um conjunto de ferramentas que, associadas às propostas de suspensão e reestruturação de dívidas, assegurariam que, ao término do Regime, o equilíbrio fiscal seria alcançado. Após o Congresso Nacional retirar dispositivos, as chamadas contrapartidas dos estados e DF, “houve um completo desvirtuamento do Regime, não sendo possível mais assegurar que sua finalidade maior, a retomada do equilíbrio fiscal pelos estados, seja assegurada”, segundo razões para o veto do presidente.

“Adicionalmente, esclarece-se que não apenas a finalidade precípua do Regime foi alterada; em verdade, os dispositivos remanescentes trazem elevado risco fiscal para União”, segundo a justificativa para o veto.

O Ministério da Fazenda informou que vai emitir nesta quinta-feira as ordens de pagamento aos municípios referentes aos recursos do programa de repatriação. A medida visa garantir que as prefeituras recebam o repasse ainda em 2016, na sexta-feira (30). Serão depositados R$ 4,449 bilhões para 5,6 mil municípios. 

4. As 6 lições de 2016
O ano está acabando, e um dos detaques do InfoMoney hoje é a matéria que lista as 6 lições de ouro que aprendemos em 2016. 

O Brexit, a eleição de Donald Trump, a derrota avassaladora do então primeiro-ministro Matteo Renzi na Itália e até as eleições no Brasil mostraram que 2016 foi o ano das surpresas no mundo político – e que impactaram fortemente o noticiário econômico. Contudo, mais do que as surpresas políticas, o ano que acabou mostra que nem sempre podemos jogar todas as nossas fichas em um determinado evento e que nunca é tarde demais para aprender com os erros – como nosso grande “guru” Luiz Barsi confessou. Confira clicando aqui. 

5. Noticiário corporativo
Entre as ações para ficar de olho logo na abertura do pregão, estão as da Petrobras (PETR3; PETR4), que anunciou a venda da PetroquímicaSuape e da Citepe para o Grupo Petrotemex e Dak Americas Exterior, subsidiárias da Alpek, por US$ 385 milhões. Atenção também para a construtora PDG Realty (PDGR3), que anunciou um block trade envolvendo 1,470 milhão de ações para as 17h. Vale monitorar ainda os papéis da Eletrobras (ELET3) que foi confirmada como nova integrante do Ibovespa, na terceira prévia da carteira que vai vigorar entre janeiro e abril de 2017.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.