Até 884% de alta: as 17 ações que superaram o CDI durante o governo Lula 3

No topo do ranking aparece a Aura 360 (BDR: AURA33), que acumulou valorização de 884,15% no período, o melhor desempenho da amostra

Lara Rizério

Painel eletrônico mostra cotações na B3 10/07/2025 REUTERS/Alexandre Meneghini
Painel eletrônico mostra cotações na B3 10/07/2025 REUTERS/Alexandre Meneghini

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Em meio a um cenário de taxa de juros da economia a 15% ao ano, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) aparece como uma régua para o investidor brasileiro. Até 12 de dezembro de 2025, a mediana do CDI no atual governo ficou em 13,25%, mais que o dobro da mediana observada durante o governo anterior, de 5,5%.

Em 2023, o CDI acumulou alta de 13,04%. Em 2024, avançou mais 10,88%. Já em 2025, até 12 de dezembro, soma valorização de 13,57%. No agregado dos três anos, o ganho chega a 42,34%.

Neste contexto, a consultoria Elos Ayta realizou levantamento para identificar as ações que conseguiram, de forma consistente, superar a rentabilidade do CDI ao longo dos três anos do governo Lula 3. O recorte considerou apenas papéis com volume financeiro médio diário superior a R$ 1 milhão em 2025, até 12 de dezembro, garantindo liquidez mínima às análises.

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Conforme aponta o levantamento, ao todo, 17 ações conseguiram bater o CDI nos três anos analisados. No topo do ranking aparece a Aura 360 (BDR: AURA33), que acumulou valorização de 884,15% no período, o melhor desempenho da amostra. Na sequência, o Banco Pine (PINE4) registrou alta de 839,80%, enquanto a Embraer (EMBJ3) completou o pódio, com ganho acumulado de 513,29%.

Além disso, 16 das 17 ações tiveram valorização superior a 100% no período. Apenas a 3tentos (TTEN3), do setor de agricultura, ficou abaixo dessa marca, ainda assim com retorno acumulado de 91,03%, mais que o dobro do CDI no mesmo intervalo. Nove papéis avançaram entre 100% e 200%, enquanto sete superaram a faixa de 200%.

Confira as ações que bateram o CDI nos 3 anos do governo Lula até 12 de dezembro:

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Ações que bateram o CDI (Fonte: Elos Ayta)

Do ponto de vista setorial, não houve concentração excessiva, uma vez que quatro segmentos aparecem com duas empresas cada: água e saneamento, bancos, material rodoviário e seguradoras. “Outros nove setores figuram com apenas uma representante, reforçando a diversidade dos casos que conseguiram superar a renda fixa no período”, aponta Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria.

Do quadro, cinco ações fazem parte do Ibovespa, cinco integram o IDIV e sete pertencem ao universo de Small Caps. “Seis empresas não estão presentes em nenhum dos três principais índices da B3, o que evidencia que parte relevante desses desempenhos ocorreu fora do radar mais tradicional do mercado”, avalia.

Olhando para os resultados anuais, os extremos também ilustram bem o cenário. A maior valorização em um único ano foi registrada pela Aura 360, que avançou 251,62% em 2025 até 12 de dezembro. Já a menor alta anual do grupo ocorreu com a Tegma (TGMA3), que subiu 11,87% em 2024, ainda assim, um desempenho ligeiramente superior ao CDI daquele ano, que foi de 10,88%.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.