Fed está pronto para subir juros, mas decisão será tomada reunião a reunião, mostra ata

As autoridades ainda expressaram preocupação com a estabilidade financeira com política monetária "frouxa"

Equipe InfoMoney

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Autoridades do Federal Reserve concordaram em reunião que, com as pressões sobre a inflação e os dados fortes de emprego, é hora de apertar a política monetária. Contudo, também destacaram que as decisões dependeriam de uma análise reunião a reunião sobre os dados da economia, conforme mostra a ata da reunião de política monetária de 25 e 26 de janeiro, divulgada nesta quarta-feira (16), que sinalizou que os juros nos EUA poderiam subir em breve.

Os participantes concordaram que a taxa de juros do banco central dos EUA provavelmente teria que subir em um “ritmo mais rápido” do que quando o Fed elevou as taxas de juros pela última vez, em 2015, apontou o documento.

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Mas “mesmo assim, os participantes da reunião enfatizaram que o caminho apropriado da política dependeria dos desenvolvimentos econômicos e financeiros e suas implicações para as perspectivas e os riscos em torno das perspectivas”, afirmou a ata.

Os participantes “atualizarão suas avaliações sobre a configuração apropriada para a postura quanto à política monetária em cada reunião”, à medida que as autoridades consideram os aumentos das taxas de juros e os planos para reduzir as participações de ativos do Fed.

O documento fornece uma visão mais detalhada da reunião de 25 a 26 de janeiro, na qual os formuladores de políticas concordaram que “seria apropriado” aumentar a taxa de juros do Fed de seu nível próximo de zero “em breve”, além de também ter debatido planos para reduzir o balanço de quase US$ 9 trilhões de títulos detidos pelo banco central americano.

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Atualmente, os investidores esperam que o Fed comece a aumentar as taxas em março com um aumento inicial de meio ponto percentual e continue aumentando as taxas ao longo do ano.

Sobre o balanço patrimonial, alguns integrantes apoiaram o fim do programa de compra de títulos antes do fim de março. Mas a maioria dos participantes do Comitê preferiu continuar a redução das compras de ativos líquidos, conforme cronograma já conhecido em dezembro.

A maioria das autoridades que compõem o comitê também mostrou apoio a movimentos mais rápidos do Fed se a inflação não cair como esperado.

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As autoridades ainda expressaram preocupação com a estabilidade financeira, dizendo que uma política monetária frouxa pode representar um risco substancial.

“Os indicadores de atividade econômica e emprego continuaram a se fortalecer”, explica a ata do Fomc, destacando que “os setores mais afetados pela pandemia melhoraram nos últimos meses, mas estão sendo afetados pelo recente aumento acentuado dos casos de Covid-19”.

Os ganhos de emprego foram sólidos nos últimos meses, e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente, mas há desequilíbrio da oferta e da procura relacionados com a pandemia e a reabertura da economia continuaram a contribuir para níveis elevados de inflação.

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O documento era bastante aguardado pelos investidores justamente por poder dar mais indicações da trajetória dos apertos planejados pela instituição.

Os últimos dados de inflação vieram mais elevados do que se previa, alimentando as especulações em torno de um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros em março.

O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em St. Louis, James Bullard, tem reiterado defesa do aumento em 1 ponto percentual na taxa básica até 1º de julho. Para ele, esse processo pode ocorrer de maneira “organizada”, sem provocar turbulências nos mercados.

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(com Reuters)

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