As três maiores ameaças para a estabilidade dos mercados globais, segundo o Citi

Expectativa por alta dos juros nos EUA, risco de crescimento chinês e risco grego (que segue no radar) seguem sendo riscos para o mercado global

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em relatório, o Citigroup destacou três grandes riscos para a estabilidade dos mercados globais, o que os faz manter ainda o tom bearish (pessimista) com os mercados. E as maiores “ameaças” para os mercados acionários são “velhos conhecidos”: o Federal Reserve e a questão sobre a alta de juros, a China e o risco para o crescimento e a questão sobre a Grécia (e se ela seguirá ou não na zona do euro).

Confira os principais riscos para o mercado global, segundo o Citigroup:

1) Federal Reserve: em primeiro lugar, destaque para as expectativas para o Federal Reserve. Os estrategistas destacam estar em linha com o consenso de que os juros começarão a subir em setembro.

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Os estrategistas do Citi esperam juros a 1,25% no final de 2016. “O risco é que o consenso vê, mesmo com a economia aquecendo uma inflação muito baixa, qualquer soluço na inflação americana seria uma surpresa e um risco para o cenário de juros”, afirmam os estrategistas do banco.

2) China: os temores com a China continuam: o risco do crescimento do gigante asiático não estar apresentando estabilização apesar das políticas expansionistas, o excesso de capacidade e a alavancagem excessiva em alguns setores são riscos importantes.

3) Grécia: segundo o Citi, muita gente ainda acredita que a saída da Grécia acontecerá, inclusive o próprio banco. Contudo, todos avaliam que o preço do contágio será baixo. Contudo, se ocorrer em um momento que o Federal estiver em um momento de alta de juros e a China mostrar resultado pior do que o antecipado, a questão grega poderá ter um peso maior que o esperado para emergentes.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.