As melhores e piores ações do semestre – e quais delas comprar no próximo

Das 59 ações do Ibovespa, apenas 12 encerraram o semestre em queda, enquanto 17 dispararam mais de 40%

Paula Barra

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SÃO PAULO – No melhor 1° semestre da Bolsa desde 2009, apenas 12 das 59 ações do Ibovespa fecharam em queda, enquanto 17 papéis dispararam mais de 40% no período. Do lado negativo, praticamente todas os ativos foram impactados pelo mesmo motivo: o dólar. A moeda americana afundou 18,6%, indo a R$ 3,2133, acertando em cheio os papéis voltados à exportação, como as empresas do setor de papel e celulose Fibria (FIBR3, -57,77%), Suzano (SUZB5, -38,06%) e Klabin (KLBN11, -33,82%), e a fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3, -41,80%) – que lideraram as perdas do índice nesta primeira metade do ano.

Embora alguns especialistas ainda vejam mais queda para o dólar – que bateu nesta semana a casa dos R$ 3,20 -, o analista Marco Saravelle, da Upside Investor, acredita que ainda há oportunidades nesses cases atrelados à moeda americana na Bolsa. Papéis que se tornaram bons exemplos da famosa frase “já caiu demais”. Entre elas, ele cita Suzano e BRF – como pode ser visto clicando aqui – entre as boas oportunidades do próximo semestre. 

Já do lado das altas, as ações da CSN (CSNA3, +95,50%), RaiaDrogasil (RADL3, +78,89%) e Bradespar (BRAP4, +77,35%) – holding que detém participação na Vale -figuraram no topo do Ibovespa neste semestre. Enquanto CSN e Bradespar foram beneficiadas pelo rali do minério de ferro no período, os papéis da RaiaDrogasil seguiram desafiando os mais cautelosos, que diziam no fim do ano passado que a ação já havia “subido demais”. Inserida no setor de saúde, a empresa tem se favorecido do mercado resiliente em que atua, que conta ainda com o envelhecimento populacional.

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O setor de saúde é um “porto seguro”, com resiliência e ganhos sólidos, em meio ao ambiente econômico ainda desafiador, destacou o JPMorgan recentemente. Há três anos a ação da Raia Drogasil não sabe o que é cair. Nesse período, o papel acumula ganhos de fechamento do ano de 340% na Bolsa, renovando hoje sua máxima histórica, a R$ 63,10. “O acelerado processo de envelhecimento da população é um dos principais motores de longo prazo, enquanto vemos um significativo espaço para a consolidação de uma vez que a Raia Drogasil goza de apenas 10% do mercado”, reforçam a equipe de analistas. Eles também esperam que as vendas de remédios se mantenha em um ritmo de crescimento de dois dígitos.  

Além dessas 3 ações, merecem destaque também para as ações da BM&FBovespa, Ecorodovias, Multiplan, Sabesp, e BR Malls – que subiram entre 66% e 50%. O rali da BM&FBovespa veio respaldado pela possibilidade de um ambiente mais “amigável” no mercado brasileiro, com a entrada de Michel Temer e sua “equipe econômica de ouro”, enquanto Ecorodovias, Multiplan e BR Malls ganharam por serem os famosos cases que se favorecem com os juros em queda – cenário que vem sendo traçado pelos analistas para este ano. O benefício ocorre porque essas empresas precisam operar alavancadas e, com isso, um corte na Selic torna mais barata sua dívida e aumenta a atratividade de seu investimento (veja mais clicando aqui). Já a Sabesp se beneficia com a queda do dólar, dado que a maior parte de seu endividamento está em moeda americana 

Entre as maiores altas da Bolsa, veja quais ainda valem comprar clicando aqui.

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Confira abaixo as 10 maiores altas e baixas do Ibovespa (para conferir outros destaques de altas e baixas clique aqui):

Maiores altas e baixas do Ibovespa no 1° semestre
Empresa Ticker Variação Empresa Ticker Variação
CSN CSNA3 +95,50% Fibria  FIBR3  -57,77% 
RaiaDrogasil RADL3 +78,89% Embraer  EMBR3  -41,80% 
Bradespar BRAP4 +77,35% Suzano  SUZB5  -38,06% 
BM&FBovespa BVMF3 +66,26% Klabin  KLBN11  -33,82% 
Ecorodovias ECOR3 +64,64% Braskem  BRKM5  -27,11% 
Multiplan MULT3 +58,58% Rumo  RUMO3  -21,47% 
Sabesp SBSP3 +55,06% BRF  BRFS3  -18,19% 
BR Malls BRML3 +50,49% JBS  JBSS3  -15,23% 
Smiles SMLE3 +48,00% Marfrig  MRFG3  -11,50% 
Bradesco ON BBDC3 +46,52% Cesp  CESP6  -11,41% 

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