As 5 maiores altas e as 5 maiores baixas do Ibovespa no mês de novembro

Siderúrgicas ficaram entre as maiores altas, enquanto Eletrobras e CVC foram as que mais caíram

Lara Rizério

(Divulgação)

SÃO PAULO – O Ibovespa conseguiu fechar novembro em alta, ainda que modesta, no terceiro mês seguido de ganhos para o índice. Enquanto isso, o dólar fechou com fortes ganhos de mais de 5%.

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O setor que ganhou forte destaque no período foi o siderúrgico, com as ações de Gerdau (GGBR4) e da sua holding, a Gerdau Metalúrgica (GOAU4), registrando ganhos de mais de 20%.

Se no começo do mês os papéis repercutiram a divulgação do resultado do terceiro trimestre, com números mistos em meio à melhora do segmento no Brasil do volume por conta de aços longos, mas com margens ligeiramente mais baixas nos EUA, outros fatores levaram os papéis a se animarem ao longo do período. O Credit Suisse destacou que a companhia poderia tirar vantagem da recente recuperação das condições de demanda, com alta de 4% na procura pelo produto em outubro. Os sinais mais concretos de retomada da economia, inclusive, também ajudaram a melhorar as condições de repasse.

Na mesma linha, a Usiminas (USIM5) registra um dos maiores ganhos do período também na esteira do reajuste do preço do aço, com o ambiente ainda desafiador, mas com expectativa de melhora no cenário econômico. Nesta sexta, a companhia anunciou a elevação de 5% do preço do aço plano durante os últimos três meses deste ano. Além disso, mais 5% de aumento acontecerá durante janeiro com o ambiente de dólar mais alto e maiores preços internacionais.

A Usiminas também espera que as negociações com as montadoras sobre contratos anuais de preços resultem em um aumento das valores, segundo aponta o Bradesco BBI. Mas, uma questão, conforme aponta o Itaú BBA, é se a demanda irá acompanhar o aumento dos preços.

Já a Weg (WEGE3) também subiu forte na esteira dos bons resultados, apresentados no fim de outubro. A companhia teve lucro líquido de R$ 418,24 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 9,7% em relação a igual período do ano passado, favorecido pelo aumento nas receitas.

Os números foram considerados acima da expectativa por analistas, e segundo a empresa a melhora veio do bom desempenho na receita e sustentação na entrada de pedidos para equipamentos de ciclo longo, enquanto, nos equipamentos de ciclo curto, ela começou a sentir redução nos negócios, com pedidos em ritmo menor que nos últimos meses.

Outra empresa que divulgou resultado no começo deste mês foi a TIM (TIMP3) e conseguiu sustentar os ganhos durante o período. O lucro líquido normalizado, que desconsidera esse e outros efeitos, foi de R$ 619 milhões, representando uma alta de 61,4% na mesma base de comparação. A operadora explicou que as principais alavancas para este desempenho foram o aumento da receita tanto do serviço móvel quanto do fixo, aliado a um forte controle de custos e despesas, o que foi bem visto por analistas como os do Credit Suisse.

A Via Varejo (VVAR3) registrou fortes ganhos na reta final de novembro, impulsionado principalmente pela expectativa de melhora nas operações. A companhia terá um grande teste nesta Black Friday. Neste cenário, a varejista, dona do Ponto Frio e das Casas Bahia teve a sua recomendação elevada nesta pelo Citi de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 8 para R$ 11.

“A Via Varejo progrediu em várias frentes, incluindo integração de estoques online e offline, logística, relacionamento com fornecedores, além de estabilizar as operações online”, afirma o banco. De acordo com o analista Tobias Stingelin, há riscos, mas as operações estão melhorando.

Veja abaixo as maiores altas do Ibovespa em novembro, segundo dados da Economatica:

Empresa  Ticker  Cotação  Variação no mês
Gerdau GGBR4 R$ 17,00 +26,91%
Metalúrgica Gerdau GOAU4 R$ 7,80 +24,36%
Weg WEGE3 R$ 30,42 +19,29%
Via Varejo VVAR3 R$ 8,81 +18,73%
TIM TIMP3 R$ 13,54 +18,56%

Maiores baixas

Por outro lado, a maior queda fica com as ações da CVC (CVCB3), em baixa de mais de 21%, com a companhia de viagens não conseguindo se recuperar após apresentar um resultado do terceiro trimestre bastante desanimador.

O que surpreendeu negativamente o mercado, no geral, foi o tamanho do impacto negativo de dois fatores sobre os números da empresa: a recuperação judicial da Avianca Brasil e a queda expressiva das vendas em mesmas lojas. Veja mais clicando aqui.

Na sequência, estão os papéis PNB e ON da Eletrobras (ELET6;ELET3), com baixa de cerca de 12%, em meio às dificuldades para a privatização e às notícias de que o governo teria superestimado em 25% o potencial de receita de R$ 16,2 bilhões a ser arrecado com a capitalização da elétrica.

A Gol (GOLL4), por sua vez, viu suas ações registrarem queda forte na esteira da alta de 5,77% do dólar o que, além de diminuir a demanda por viagens, também aumenta os custos da aérea, que são bem atrelados ao dólar.

Já o Santander Brasil (SANB11) teve a maior queda dentre os papéis do setor bancário. Vale destacar, que no final de novembro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou mudanças no cheque especial, o que afetou os ativos do setor.

Veja abaixo as maiores baixas do Ibovespa em novembro, segundo dados da Economatica:

Empresa Ticker Cotação Variação no mês
CVC CVCB3 R$ 40,14 -21,65%
Eletrobras PNB ELET6 R$ 35,93 -12,34%
Eletrobras ON ELET3 R$ 34,83 -11,92%
Gol GOLL4 R$ 34,06 -6,94%
Santander SANB11 R$ 44,10 -6,29%

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.