As 5 ações que mais subiram e as que mais caíram em maio

Mercado teve alta em maio, pela primeira vez em dez anos, e algumas ações aproveitaram mais do que outras essa onda otimista

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Maio foi um mês surpreendente, no qual a montanha russa da Bolsa levou o Ibovespa de 96 mil para 89 mil pontos e depois de volta aos 97 mil pontos. Entre os ruídos na política e as preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, o noticiário corporativo também causou bastante movimento, principalmente com o fim da temporada de resultados. 

Confira quais foram as maiores altas e baixas dentre as ações que compõem o índice Ibovespa e o que movimentou estes papéis. 

ALTAS

CSN
A alta do minério de ferro, que foi de US$ 93,65 a tonelada no começo do mês para US$ 98,72 no final, animou muito os investidores da CSN (CSNA3), que focaram nisso e deixaram de lado o prejuízo de R$ 7,5 milhões que a companhia registrou no primeiro trimestre. 

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MRV

A construtora MRV (MRVE3) reagiu a resultado, lucrando R$ 189 milhões entre janeiro e março, superando em 18,2% o desempenho apurado um ano antes, mesmo com o contingenciamento do orçamento de recursos do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) nos primeiros meses do ano.

Gol

As ações da Gol (GOLL4) dispararam com a aprovação no Congresso da Medida Provisória 863/2018, que libera capital 100% de estrangeiro nas companhias aéreas. No entanto, os deputados vetaram a permissão para que as companhias cobrem por bagagens despachadas. 

CCR

Os papéis da CCR (CCRO3) subiram forte a partir do dia 20 de maio. No dia 16, a empresa comunicou ao mercado por meio de fato relevante a eleição de Fabio Côrrea Russo para o cargo de diretor de negócios da companhia. 

Ecorodovias

As ações da Ecorodovias (ECOR3) subiram forte com sua recomendação elevada de equalweight para overweight no dia 30 de maio pelo Morgan Stanley, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 11,30 para R$ 10,70. 

BAIXAS

Suzano

O papel da Suzano (SUZB3) caiu com a queda dos preços do celulose, um movimento parecido com o ocorrido no final do ano passado – e que corrobora a tese é de que não adianta tudo parecer a favor da companhia se a cotação da commodity não ajudar. 

Uma combinação de fatores levou ao enfraquecimento do preço da celulose nos mercados internacionais, mas o mais importante foi o aumento da oferta com diversas companhias elevando a sua capacidade de produção sem que houvesse um aumento da demanda corresponde para tanto, uma vez que a procura pela commodity não apresenta grandes mudanças no curto prazo.

B2W

O principal driver do mês para a B2W (BTOW3) foi o seu resultado trimestral. A companhia teve prejuízo líquido consolidado de R$ 139,2 milhões no primeiro trimestre, cifra 19,1% superior a do mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 83,2 milhões, com alta de 2,8% em um ano e margem de 6,5% (+1,0 p.p.). A receita líquida caiu 13,1%, para R$ 1,282 bilhão.

Cielo

A ação da Cielo (CIEL3) desabou após a empresa de meios de pagamento anunciar uma redução de dividendos de R$ 3,5 bilhões fixos em 2018, para 30% do lucro líquido nos próximos três trimestres de 2019. 

Em comunicado ao mercado, a companhia também anunciou que não seguirá com seu guidance (projeção) de lucro de R$ 2,3 a R$ 2,6 bilhões este ano. “Tais decisões refletem o ambiente competitivo no qual a Cielo está inserida e que tem se tornado mais acirrado ao longo dos últimos meses em face de ações anunciadas e implementadas por outras companhias do setor”, justificou a empresa.

BRF

As ações da BRF (BRFS3) desabaram com o salto nos preços do milho, que elevaram a preocupação de que os produtores de carne enfrentem custos mais altos para a alimentação animal. “Estamos mais preocupados com o potencial impacto dos atrasos no plantio de milho nos EUA”, escreveram em relatório analistas do Bradesco BBI liderados por Leandro Fontanesi. 

Braskem

Investigada na Operação Lava Jato, a Braskem (BRKM5) viu uma forte desvalorização nas suas ações no mês. Os papéis só foram subir no pregão desta sexta-feira (31) depois de firmar um acordo de leniência para pagar um total de R$ 2,87 bilhões até janeiro de 2025, sendo cerca de R$ 2 bilhões para a União e R$ 800 milhões para a Petrobras. 

As 5 maiores altas do mês foram:

Empresa Ticker Variação Preço
CSN CSNA3 +19,35% R$ 16,54
MRV MRVE3 +18,54% R$ 17,20
Gol GOLL4 +18,44% R$ 26,98
CCR CCRO3 +17,23% R$ 13,37
Ecorodovias ECOR3 +16,65% R$ 9,46

As 5 maiores quedas do mês foram:

Empresa Ticker Variação  Preço
Suzano SUZB3 -21,24% R$ 32,08
B2W BTOW3 -17,91% R$ 31,40
Cielo CIEL3 -12,76% R$ 6,70
BRF BRFS3 -10,79% R$ 27,70
Braskem BRKM5 -10,46% R$ 42,78

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.