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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para a temporada de resultados, com CCR e M. Dias Branco, além de recomendações. Enquanto isso, o presidente da Petrobras afirmou que a companhia pode retomar sua venda de ativos nas próximas semanas e a Justiça portuguesa reconheceu a recuperação judicial da Oi no Brasil. Confira os destaques:
CCR (CCRO3)
A CCR teve lucro líquido de R$ 169,5 milhões no quarto trimestre, queda de 30,8% ante o mesmo período do ano anterior, em meio a recuo no tráfego. No período, a receita líquida somou R$ 1,69 bilhão, praticamente estável em relação ao mesmo período de 2015, com o tráfego consolidado apresentando recuo de 7% no período.
De acordo com o gerente de Relações com Investidores da CCR, Marcus Macedo, a fraqueza da economia refletiu no comportamento do tráfego nas rodovias das concessionárias da empresa, mas o forte controle dos custos ajudou o Ebitda.
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O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado do grupo ficou em 988 milhões de reais, acréscimo de 0,4%. No fim de dezembro, a dívida líquida consolidada da CCR atingiu R$ 13,3 bilhões, com a relação dívida líquida sobre Ebitda dos últimos 12 meses em 2,5 vezes, ante 3,2 vezes no final de 2015, quando o valor era de R$ 11,5 bilhões.
Os investimentos do grupo CCR no último trimestre do ano passado, incluindo o ativo financeiro e gastos de manutenção, totalizaram R$ 1,2 bilhão ante R$ 958 milhões um ano antes. As unidades de negócio que mais investiram no período foram CCR Metrô Bahia, BH Airport, CCR MSVia, CCR RodoNorte e CCR AutoBAn, informou a companhia. Para 2017, a companhia prevê investir R$ 3,3 bilhões, após ter realizado investimento líquido de R$ 3,5 bilhões em 2016. A previsão no final de 2015 era investir R$ 4,3 bilhões no ano passado.
O BTG Pactual considerou o resultado abaixo das estimativas, mas mantém recomendação de compra para as ações, de olho nas oportunidades de crescimento e queda da taxa de juros no Brasil. Já para o Itaú BBA, o balanço foi neutro, com destaque negativo para a deterioração do lucro.
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M. Dias Branco (MDIA3)
A M. Dias Branco encerrou o quarto trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 236,1 milhões, o que representa um avanço de 92,4% ante igual trimestre de 2015. Em 2016, o lucro foi de R$ 784,4 milhões, uma alta de 29,9% ante o ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 240,8 milhões entre outubro e dezembro de 2016, um avanço de 80,6% ante o mesmo intervalo de 2015. No ano de 2016, o Ebitda totalizou R$ 919,4 milhões, o que representa um crescimento de 33,9% ante 2015.
A receita líquida da empresa foi de R$ 1,400 bilhão no quarto trimestre do ano, com alta de 16,8% ante igual trimestre do ano anterior. Nos 12 meses encerrados em dezembro, a receita líquida somou R$ 5,328 bilhões, com crescimento de 15,3% ante 2015.
O resultado financeiro no quarto trimestre de 2016 ficou em R$ 15,6 milhões positivo, ante resultado também positivo de R$ 9,2 milhões do quarto trimestre de 2015.
De acordo com o Itaú BBA, o Ebitda veio 17% abaixo da estimativa do banco e 13% abaixo do consenso. Os analistas apontam que a compressão de margens começou, o que pode ser atribuída em parte aos descontos. Em meio a esse cenário, os analistas rebaixaram a recomendação para a ação de neutra para underperform (desempenho abaixo da média do mercado), mantendo o preço-alvo em R$ 130,00.
A companhia ainda informou que vai submeter a seus acionistas a proposta de desdobramento da totalidade de suas ações ordinárias na proporção de um para três. A proposta vai ser avaliada em uma Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, que será realizada em 13 de abril de 2017, às 9h, na sede da empresa.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras deve retomar a venda de ativos nas próximas semanas, segundo o presidente da companhia, Pedro Parente. Durante evento em Houston, ele disse que a estatal vê o TCU aprovando a metodologia de venda de ativos nas próximas semanas, abrindo caminho para que programa de desinvestimento seja retomado. A Petrobras já informou que pretende reduzir a relação dívida líquida/Ebitda para
2,5 vezes até fim de 2018.
Smiles (SMLE3)
A Smiles teve a recomendação cortada de overweight (desempenho acima da média do mercado) para neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 65,00. Por outro lado, o BTG Pactual destacou sua preferência sobre a companhia em relação a ação de outra empresa de programa de fidelidade, a Multiplus (MPLU3). O preço-alvo para as ações SMLE3 foram elevados de R$ 65 para R$ 73. Já o preço-alvo da Multiplus foi reduzido de R$ 48,00 para R$ 42,00. Vale destacar que, em 17 de fevereiro, o BTG Pactual também elevou a recomendação para as ações da Gol de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 13,00, apontando que a companhia deve se beneficiar fortemente da recente racionalização de capacidade no Brasil, o que já tem provocado efeitos positivos na receita, um real mais valorizado e medidas para fortalecer o balanço, assim como eficiência nos custos. (EMBORA O RELATÓRIO TENHA SIDO DIVULGADO HOJE, O RELATÓRIO É DE 17 DE FEVEREIRO). Vale (VALE3;VALE5)
O Bradesco BBI elevou o preço-alvo para os ADRs para US$ 11,50 por papel (R$ 38,00), em meio à revisão para cima dos preços do minério de ferro (de US$ 65 a tonelada para US$ 70 em 2017 e de US$ 55 para US$ 60 em 2018. Contudo, a recomendação para as ações segue neutra, uma vez que os analistas destacam que o preço de equilíbrio da commodity está dentro do intervalo de US$ 55 a 60 a tonelada, ante o spot de US$ 88. Varejo, Gerdau (GGBR4) e Iochpe (MYPK3)
Em relatório, o Morgan Stanley destacou varejo, Gerdau e Iochpe na América Latina. O banco tem recomendação neutra para Brasil, com relação risco/recompensa vista como equilibrada. Segundo os analistas, a economia brasileira deve começar retomada em 2017 e ambiente de juros mais baixos deve ajudar na recuperação, apontando que as ações estão caras. CVC, Iguatemi, Americanas e Localiza são vistas como ações aptas a se beneficiar da aceleração da demanda doméstica no Brasil, enquanto Iochpe-Maxion e Gerdau no Brasil devem se beneficiar de dólar e economia americana fortes. Iguatemi, Americanas, Iochpe e Localiza foram adicionados à carteira recomendada de América Latina; Kroton e Linx foram removidas Construtoras
Em prévia do quarto trimestre de 2016, o BTG Pactual destacou que as construtoras devem registrar melhores números operacionais, mas ainda apresentando dados fracos. De acordo com os analistas, a MRV (MRVE3) deve apresentar o melhor balanço entre as construtoras, com uma combinação de alta nos lucros e sólida geração de caixa. Oi (OIBR4)
A justiça portuguesa reconheceu o processo de recuperação judicial da Oi no Brasil, informou a operadora em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de segunda-feira. Conforme o documento, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa confirmou que os credores da companhia e da subsidiária Telemar Norte Leste estarão sujeitos às decisões proferidas pela justiça brasileira. Em junho do ano passado, a Oi entrou com o maior pedido de recuperação judicial na história do país, a fim de reestruturar uma dívida de cerca de 65 bilhões de reais. Pão de Açúcar (PCAR4) e Via Varejo (VVAR11)
Destaque para uma notícia que pode mexer com as ações do Pão de Açúcar e da Via Varejo. O Casino ainda não decidiu o que fará com os recursos provenientes da venda da Via Varejo no Brasil, disse nesta terça-feira o presidente da varejista francesa, Jean-Charles Naouri. Em coletiva de imprensa após a divulgação dos resultados de 2016, que fez as ações do grupo francês cair nesta sessão, o executivo afirmou que o capital obtido com a venda da Via Varejo pode ser usado para reduzir a despesa financeira ou acelerar a expansão das lojas Assaí no Brasil. Naouri afirmou ainda que vê boa tendência comercial para o Grupo Pão de Açúcar, controlado pelo Casino, no Brasil em 2017, a exemplo do que se observou no quarto trimestre do ano passado. De acordo com ele, o Casino mira investimentos de pouco menos de 1 bilhão de euros neste ano. Cemig (CMIG4)
Em comunicado, a Cemig informou que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu liminar para manter a Cemig Geração e Transmissão na titularidade da concessão da Usina Hidrelétrica de São Simão, em Minas Gerais, nas bases iniciais do Contrato de Concessão n.º 007/97, até a conclusão do julgamento do mandado de segurança nº 21.465, no STJ, impetrado pela Companhia. BRF (BRFS3) O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), Artur Bueno de Camargo, destacou que em todo o ano de 2016 a empresa sinalizou aos funcionários que eles estavam atingindo os patamares de produção e qualidade que compõem a PLR. “Nossa grande preocupação é que este mês começam as negociações coletivas de trabalho e se empresa se posicionou assim sobre a PLR pode querer fazer o mesmo nas negociações coletivas”, afirmou à Reuters. Em nota, a BRF afirmou que as regras de pagamento da PLR são transparentes e amplamente divulgadas para todos os colaboradores da companhia e que o não pagamento do benefício considera o resultado aferido no exercício de 2016, divulgado aos funcionários e ao mercado em 23 de fevereiro. Segundo a BRF, a companhia sempre trabalha para obtenção de resultados que possibilitem o pagamento de PLR, resultados esses que não foram atingidos no ano passado. “O cenário brasileiro e os desafios de pressão de custos são de conhecimento amplo dos colaboradores e as razões fundamentais para o não pagamento do PLR” A CNTA Afins realizará na quarta-feira em São Paulo encontro nacional com representantes de sindicatos e federações para discutir o assunto e apresentar uma pauta unificada. “Queremos fazer essa discussão na quarta-feira, obter um posicionamento e começar a mobilizar os trabalhadores para uma ação nacional”, disse Camargo, que não descarta a possibilidade de paralisações. A BRF reiterou na nota que sempre esteve e está disposta a dialogar com os sindicatos e entidades representativas na busca do que seja melhor para seus colaboradores, dentro das regras existentes e das possibilidades econômicas. Na teleconferência sobre os números de 2016, executivos da empresa afirmaram que a BRF está ajustando seu modelo de gestão a fim de corrigir erros e lidar com dificuldades que pressionaram os resultados da companhia. Cesp (CESP6)
A equipe de analistas do Bradesco BBI elevou em 34,8% seu preço-alvo para as ações da Cesp diante da possibilidade da companhia ser privatizada. Com isso, a projeção da corretora passou para R$ 24,00 – ante preço-alvo anterior de R$ 17,80 -, o que representa um potencial de upside de 34% ante o fechamento desta segunda-feira (6), em R$ 17,91. Esta análise é o novo cenário-base do Bradesco, que ressalta ainda que no pior cenário, com a companhia se mantendo estatal, o preço-alvo para os papéis fica em R$ 14,00. Já na análise mais otimista, onde além de ser privatizada, a empresa também renova sua concessão por 30 anos, o preço sobe para R$ 30,00 – um potencial de alta de 67,50% sobre o preço atual. Hypermarcas (HYPE3)
A Hypermarcas informou a conclusão da venda de seu negócio de produtos descartáveis para à Ontex, pelo valor de R$ 1 bilhão. A operação foi concluída após a implementação de todas as condições precedentes estabelecidas no contrato de venda. De acordo com a empresa, essas condições não incluíam a aprovação de órgãos de defesa da concorrência. (Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)
Representantes de trabalhadores da BRF estão se mobilizando de olho nas negociações salariais previstas para começar este mês após a companhia de alimentos anunciar prejuízo de R$ 372 milhões em 2016. Diante da perda, a empresa comunicou a funcionários que não haverá distribuição de recursos relacionados à participação de lucros e resultados (PLR) do período nas unidades que têm esse benefício.