Arezzo (ARZZ3) quer ingressar na Europa pela Itália e ampliar vendas digitas nos EUA; ação fecha em leve queda

Intensificação da atuação na Europa deve ocorrer a partir de 2023; nos EUA, intenção é ampliar as vendas digitais e a base de clientes

Felipe Alves

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O presidente da Arezzo (ARZZ3), Alexandre Birman, atualizou hoje durante teleconferência com analistas as estratégias de internalização da empresa. Para 2022, a companhia pretende entrar no mercado europeu, pela Itália, ainda de forma leve, mas intensificando em 2023.

Nos Estados Unidos, onde a companhia já tem três centros de distribuição, a expectativa é ampliar as vendas digitais e a base de clientes. “Não apenas o e-commerce da Arezzo, mas também dos parceiros e das lojas de departamentos”, afirmou.

Segundo ele, o foco é o crescimento das lojas físicas de departamento e do ganho de share of wallet. A base de clientes aumentou 71% no 4T21 contra o mesmo período do ano anterior. Para este ano, o objetivo é ultrapassar US$ 100 milhões em vendas nos EUA.

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As declarações foram dadas para comentar os resultados do quarto trimestre, quando a Arezzo registrou lucro líquido de R$ 103,9 milhões no quarto trimestre de 2021, crescimento de 32,8% em um ano.

As ações da empresa fecharam com leve queda de 0,39%, a R$ 77,19, em uma sessão que foi de forte queda para o Ibovespa, acentuada na reta final.

Avenidas de crescimento da Arezzo

Além disso, a Arezzo mapeia avenidas de crescimento orgânicas e inorgânicas. Na esfera orgânica a empresa deve focar na expansão de lojas físicas, ampliação de novas categorias de produtos e marcas, aumento na capacidade de logística e omnicalidade (serão abertos dois novos centros de distribuição em 2022), evolução da plataforma digital e manutenção da capacidade de sourcing, com empresas que podem ser hubs de conexão.

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Na campo de crescimento inorgânico, os dois focos são as fusões e aquisições (M&A) e licenciamentos. “Temos avenidas de crescimento em todas as marcas, mas também temos espaços para trazer novas marcas que possam se juntar ao ecossistema para alavancar o crescimento de boas marcas”, segundo Rafael Sachete, diretor vice-presidente corporativo e CFO da Arezzo.

Para 2022, Alexandre Birman prevê um ano de “muitos desafios”, mas também com superação de dificuldades. Ele destaca que o primeiro trimestre de 2022 já deve apresentar resultados positivos.

Sobre 2021, ele destacou que foi um ano de recordes de indicadores e um divisor de águas para a companhia. Isso porque este foi o primeiro ano completo de operação da Arezzo&Co, que incorporou a Reserva em outubro de 2020.

Houve destaque especial para o crescimento das marcas orgânicas, principalmente a Arezzo, e com crescimento acelerado especial no mês de dezembro, durante o Natal.

Alguns números atingidos em 2021 eram esperados para serem alcançados somente neste ano. Um exemplo é a receita do Grupo Reserva, que somou R$ 731 milhões. Agora, para 2022, a expectativa é ultrapassar R$ 1 bilhão.

Integração com Reserva

Ainda sobre a Reserva, Birman disse que deverá ocorrer a finalização da integração das 150 lojas ao grupo Arezzo&Co, trazendo ganhos de escala e benefícios potencializados em 2022.

De acordo com Rafael Sachete, diretor vice-presidente corporativo e CFO, a Arezzo já fez a transição contábil da Reserva. “Agora coletamos os benefícios de ter o mesmo CNPJ e trazendo vantagens de sistemas, logística, estruturação e organização tributária”, afirma.

Vendas online

Outro destaque da empresa foram os canais digitais, que já respondem por um quarto das vendas da companhia. Foram R$ 816 milhões de receita em 2021. A expectativa é de mais de R$ 1 bilhão para este ano.

A empresa quer crescer ainda mais em 2022 e 2023 com o início da operação de novos centros de distribuição e a opção de retirar os produtos na loja. “Esse vai ser um grande foco nosso para 2022”, afirma Alexandre.

A base ativa de clientes online bateu recorde em 2021 e atingiu 3,6 milhões. Do total, 30% da base de clientes faz compras nos canais online, percentual que ainda tem potencial para crescer, segundo a Arezzo.

Os investimentos pesados em banco de dados e CRM, além de marketing digital, são a fórmula da empresa para acelerar a recorrência de clientes, ou seja, manter aqueles que já são clientes. Por outro lado, nos Estados Unidos, o foco é na aquisição de novos clientes, pois as marcas da Arezzo ainda são novas no mercado exterior.

Um dado que mostra como a Arezzo é “multimarca e multicanal”, segundo Alexandre, é a divisão da receita bruta da operação no Brasil. Os quatro segmentos praticamente se dividem em percentuais próximos: 23% é proveniente do web commerce, 28% de franquias, 24% de lojas próprias e 25% de multimarcas.

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