Apple reduz expectativa de receitas em 37,5% para quarto trimestre

Conteúdo do Portal InfoMoney - Editoria Mercados

Equipe InfoMoney

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A empresa de microcomputadores pessoais Apple anunciou ontem, após o fechamento regular do pregão, que a receita e o lucro do próximo trimestre deverá ser menor que o esperado pelos analistas. A empresa disse que as vendas do período que termina em 30 de dezembro vão ficar em US$ 1 bilhão. Esta previsão é US$ 600 milhões abaixo da projeção de analistas e mais de US$ 1,3 bilhão abaixo das vendas do mesmo período há um ano atrás.
O anúncio da redução de 37,5% das vendas afetou as projeções de crescimento da empresa para o ano 2001. Sendo assim, a expectativa da empresa é que as vendas atinjam entre US$ 6 bilhões e US$ 6,5 bilhões para o próximo ano, menor que o consenso inicial, que previa vendas de US$ 7,8 bilhões.
Além disso, a Apple disse que as vendas menores em outubro e novembro resultaram em cerca de 11 semanas de estoques em seus canais de varejo, aproximadamente cinco ou seis semanas a mais do que considera ideal. A estratégia para que os estoques diminuam será uma promoção agressiva estruturada em descontos de preços. Entretanto, a redução nos preços é alcançada às custas da redução da margem de lucro e uma campanha promocional como é necessário, custará cerca de US$135 milhões em despesas para a Apple.
Por outro lado, o presidente da empresa, Steve Jobs acredita que a situação deve melhorar. Jobs disse, na conference call com analistas de mercado em que fez o anúncio sobre as operações da empresa, que apesar dos microcomputadores da Apple estarem defasados com relação ao padrão do mercado, a nova geração de sistemas operacionais OS/X, deverá reverter este quadro. Além disso, assegurou que a empresa voltará a ser lucrativa já no próximo trimestre que termina em março.
O problema enfrentado pela Apple é difícil de ser generalizado para o resto dos fabricantes de PCs ou ainda para os setores dependentes dos computadores pessoais, como o de semicondutores. A Apple produz seu próprio sistema operacional e microprocessador, diferente de empresas como Dell e HP que constroem computadores usando o sistema operacional Windows da Microsoft e semicondutores fabricados pela Intel.

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