Apple decepciona em vendas de iPhones e deixa de valer US$ 1 trilhão

No aftermarket, as ações caem 6,8% cotadas a US$ 212,17. Essa queda equivale a uma perda de US$ 2,5 bilhões de valor de mercado

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A Apple anunciou os resultados do terceiro trimestre deste ano, nesta quinta-feira (1) após o fechamento do pregão. As vendas de iPhones atingiram 46,9 milhões de unidades, quando o esperado pelo mercado era de 47,5 milhões.

As ações fecharam o pregão regular em alta de 1,54% cotadas a US$ 222.22. Mas no aftermarket, as ações caem 6,8% cotadas a US$ 212,17. Essa queda equivale a uma perda de US$ 2,5 bilhões de valor de mercado – o que fez com que a empresa perdesse o patamar de US$ 1 trilhão de market cap.

Quando comparadas com o mesmo período de 2017, as vendas de unidades do iPhone vieram praticamente estáveis ampliando a tendência de crescimento modesto observado nos últimos trimestres.

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A empresa apresentou uma receita de US$ 62,9 bilhões superando os US$ 61,6 bilhões esperados pelo mercado.

Embora o resultado de vendas tenha sido negativo, o preço médio do iPhone veio acima do esperado. A empresa adotou uma estratégia de aumentar os preços para compensar a desaceleração de vendas – com isso, registrou um preço médio de venda bem alto para o smartphone durante o trimestre: US$ 793. Isso significa um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado e muito acima das projeções de analistas de US $ 750,78.

De acordo com o CNBC, o preço médio de venda tão alto sugere fortes vendas iniciais dos modelos de smartphone com os valores mais altos: o iPhone XS, a partir de US$ 999, e o iPhone XS Max, a partir de US$ 1.099.

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Ambos foram colocados à venda cerca de uma semana antes do final do trimestre de setembro. Também indica que os usuários estão se ajustando a preços mais altos de dispositivos.

No Brasil, os modelos custam R$ 9.299 e R$ 9.999, respectivamente. 

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Excluindo iPhones…

O esforço da Apple para aumentar a receita (excluindo resultados vindos do iPhone) teve um impulso. A empresa reportou uma receita de serviços de US$ 9,98 bilhões.

Esse é um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, mas abaixo das estimativas do mercado, que eram de US$ 10,2 bilhões. Essa categoria inclui outros segmentos de receita, como vendas na App Store, assinaturas da Apple Music e armazenamento do iCloud.

A receita de outros produtos da Apple alcançou US$ 4,23 bilhões, um aumento de 31% ano a ano.

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A empresa projeta receita total para o primeiro trimestre de 2019 entre US$ 89 bilhões e US $ 93 bilhões, ligeiramente abaixo das estimativas dos analistas de US$ 93,02 bilhões.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.