Após rali, Bitcoin cai 15% em dois dias e perde o nível dos US$ 50 mil; alta em 2021 ainda é de 70%

Mesmo com a queda de momento, a moeda digital ainda acumula ganhos de 360% em menos de cinco meses, sendo 70% de alta apenas este ano

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após um forte rali desde outubro do ano passado, acentuado neste início de 2021, o Bitcoin passa nesta terça-feira (23) por uma forte correção, perdendo cerca de US$ 10 mil de valor nas últimas 48 horas.

Às 13h (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo tinha perdas de 5,84% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 49.220, após chegar a superar os US$ 58 mil no último domingo. Em reais, as perdas são de 9,94%, para R$ 265.894.

O movimento é tido como uma correção diante da rápida valorização do Bitcoin nos últimos meses. Mesmo com a queda de momento, a moeda digital ainda acumula ganhos de 360% em menos de cinco meses, sendo 70% de alta apenas este ano.

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Este movimento positivo desde o fim de 2020 foi sustentado principalmente pela entrada de investidores institucionais, grandes empresas que passaram a apoiar e adotar o Bitcoin em seus negócios, como o PayPal, Mastercard, Tesla e o banco BNY Mellon.

A queda também coincidiu com as falas da secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, na segunda-feira, dizendo que o Bitcoin é uma “forma extremamente ineficiente de conduzir transações” e fazendo uma alerta sobre seu uso em atividades ilícitas.

Ela também comentou sobre o impacto da criptomoeda no meio ambiente, lembrando do grande uso de energia elétrica no processo de mineração, em que se criam novas moedas.

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Por meio de computadores com grande poder de processamento, os chamados mineradores usam as máquinas para resolverem problemas matemáticos e assim conseguem confirmar as transações feitas com bitcoins e criando novas unidades do ativo. Segundo dados da Universidade de Cambridge, o Bitcoin hoje consome mais energia que todo o Paquistão.

Yellen também alertou sobre os riscos para os investidores de varejo que compram Bitcoin. “É um ativo altamente especulativo e você sabe que as pessoas devem estar cientes de que pode ser extremamente volátil e eu me preocupo com as perdas potenciais que os investidores podem sofrer”, disse a ex-presidente do Federal Reserve.

Na semana passada, o Bitcoin chegou a superar o nível de US$ 1 trilhão em valor de mercado (quando se multiplica o valor unitário pela quantidade de bitcoins em circulação), e no fim de semana, o CEO da Tesla, Elon Musk, que é um grande entusiasta da criptomoeda, chegou a dizer que seu valor “parecia alto”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.