Após aporte do Softbank no Mercado Bitcoin, XP eleva preço-alvo de G2D e Bradesco BBI inicia cobertura da ação

Analistas avaliam notícia como positiva para o fundo e veem momento atual como boa oportunidade de entrada na ação

Mariana Zonta d'Ávila

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Com os investidores monitorando o surgimento de novas promessas, como fintechs e startups, em especial no setor de tecnologia, a G2D Investments (G2DI33), que atua com investimentos em empresas inovadoras e de alto crescimento, tem ganhado mais atenção no mercado financeiro, em especial após o aporte bilionário do SoftBank em uma das empresas da carteira, o Mercado Bitcoin.

A G2D, controlada pela GP Investimentos e sua subsidiária GP Advisors, fez seu IPO na B3 no fim de maio.

Na última quarta-feira (1) o SoftBank Latin America Fund, fundo criado pelo conglomerado de telecomunicações japonês para investir em startups da América Latina, anunciou um aporte de cerca de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) no Grupo 2TM, holding dona da plataforma de ativos digitais Mercado Bitcoin.

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A arrecadação deve ser destinada principalmente para acelerar o crescimento da empresa, podendo ser utilizada para ampliar o número de funcionários, estruturar e expandir a atuação no exterior, entre outros.

A empresa está entre as maiores posições do portfólio da G2D Investments, que conta ainda com nomes de brasileiras como Quero Educação, Cerco, sim;paul e a empresa de solução de pagamentos Blue.

Fundado em 2013, o Mercado Bitcoin tem crescido acompanhando o interesse por moedas digitais. A fintech tem 2,8 milhões de clientes, ou 70% do número de investidores individuais na B3, a Bolsa de Valores brasileira.

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Com a notícia, a XP Investimentos divulgou relatório nesta sexta-feira (2) elevando o preço-alvo para os papéis da G2D, de R$ 7 para R$ 9 por ação.

A avaliação é de que o aporte do Softbank deve fazer com que o Valor Líquido de Ativos (NAV, na sigla em inglês) cresça R$ 245,3 milhões, representando um ganho de mais de 18 vezes no NAV, para R$ 915 milhões.

“Ainda acreditamos que a empresa deve negociar com 0% de deságio em relação ao valor líquido de ativos devido ao alto potencial de crescimento da carteira, compensado por elevados riscos relacionados à controladoria, taxas, liquidez e volume médio de negociações diárias (ADTV)”, escrevem os analistas.

Segundo a XP, o Mercado Bitcoin está inserido em um segmento disruptivo, que pode ter valor a ser desbloqueado no curto prazo.

O aporte também contribuiu para o início de cobertura da ação pelo Bradesco BBI, com recomendação outperform (performance acima da média do mercado) e preço-alvo para 2022 de R$ 10 por papel – o que implica potencial de alta de 39% ante o fechamento de quinta-feira (1).

Em relatório divulgado nesta sexta, o Bradesco BBI escreve que a G2D é uma forma de se ter exposição ao atrativo setor de tecnologia, combinando o melhor do investimento em venture capital (altos retornos) com a liquidez da Bolsa. “Vemos o fundo bem posicionado para capturar oportunidades no mercado de tecnologia pela frente, e seu valuation atual oferece uma boa porta de entrada”, escrevem os analistas.

Na visão do time de análise, G2D está sendo negociada com grande desconto em relação ao seu valor líquido de ativos, considerando o ajuste a ser feito no investimento em Mercado Bitcoin, que representava no primeiro trimestre 2% da carteira da G2D Investments.

Além disso, os analistas não desconsideram a possibilidade de a companhia negociar com um NAV premium em meio às restrições ao investimento direto nos ativos do fundo; capacidade da gestão em gerar bons retornos; e prêmios na casa dos 16% em relação a fundos similares, que investem em empresas de venture capital no setor de tecnologia.

“O time forte e comprometido, com um histórico sólido em investimentos, é um dos principais pilares da nossa tese de investimento em G2D. Nos últimos três anos, o retorno anual do fundo ficou na casa dos 24%, indicando a capacidade da administração em capturar boas oportunidades no setores”, escrevem os analistas do Bradesco BBI.

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