Após “ano horrível”, Brasil entra oficialmente em bear-market, destaca Financial Times

Em matéria desta quinta-feira, o Financial Times destacou que o Brasil entrou oficialmente no bear market nesta quinta-feira, em meio ao sell-off do petróleo aumentando as perspectivas sombrias para o Brasil e minando o apetite dos investidores para a maior economia da América Latina

Lara Rizério

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SÃO PAULO – “O urso está de volta”. Em matéria desta quinta-feira, o Financial Times destacou que o Brasil entrou oficialmente no bear market (quando registra queda de 20% da máxima para a mínima) nesta quinta-feira, em meio ao sell-off do petróleo aumentando as perspectivas sombrias para o Brasil e minando o apetite dos investidores para a maior economia da América Latina. Na mínima do dia, o índice bateu 38.458 pontos, queda de 20,35% em relação aos 48.284 pontos registrados em 24 de novembro de 2015; contudo, o índice amenizou.

Por quase qualquer medida de 2015, este foi um ano horrível para o Brasil, afirma a reportagem. O Brasil está na sua mais profunda recessão desde a Grande Depressão e as deflagrações da Operação Lava Jato estão levando à prisão os principais políticos e empresários do Brasil.

A inflação atingiu em 2015 o seu maior patamar em 13 anos, fechando a 10,67%, o real se desvalorizou fortemente e a presidente Dilma Rousseff enfrenta a possibilidade de um impeachment. Além disso, o Brasil foi rebaixado para grau especulativo pela Standard & Poor’s e pela Fitch Ratings após duramente conquistar o grau de investimento. 

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“Neste contexto, não é de se estranhar que a Bovespa tenha recebido ‘pouco amor’ por parte dos investidores”, afirma o blog. Ano passado, o índice caiu 13,31% e, em dólares, a queda foi ainda mais acentuada, de 42%. 

E 2016 não trouxe nenhum descanso, afirma a publicação, com o índice já em queda de 11% desde o ano-novo e só um dia em que conseguiu fechar em alta. E ressalta: a turbulência do mercado levou a Rússia para o “bear market” em dóilar enquanto o mercado de ações dos EUA caiu em território de “correção” – definida como uma perda de 10% ou mais. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.