Apesar de promessas, Binance ignora autoridades e não endurece compliance, diz site

Uma investigação da Reuters mostra que a corretora não está tão interessada na regulamentação

CoinDesk

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Apesar de suas promessas públicas sobre compliance, a Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociações, não endureceu os procedimentos de Conheça Seu Cliente (KYC, em inglês) e não cooperou adequadamente com as autoridades.

A informação foi revelada pela agência de notícias Reuters em uma reportagem investigativa publicada nesta sexta-feira (21). A matéria foi baseada em entrevistas com dezenas de ex-funcionários da corretora, consultores e parceiros de negócios, bem como em revisões feitas em centenas de documentos.

De acordo com o material, a exchange se recusou a responder a perguntas de reguladores e parceiros sobre suas operações, bem como pedidos da polícia alemã para ajudar a rastrear fraudadores e terroristas.

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Além disso, a empresa também ignorou as recomendações de seus próprios consultores de compliance para evitar clientes em países com risco de lavagem de dinheiro. Tudo isso ao mesmo tempo em que afirma publicamente ser aberta à regulamentação.

O CEO da Binance, Changpeng Zhao, também não deu bola para colaboradores seniores quando eles expressaram preocupações sobre os fracos requisitos de KYC, segundo a reportagem.

A exchange de criptomoedas recebeu vários avisos de reguladores de todo o mundo sobre sua operação, incluindo Singapura, Japão, Ilhas Cayman e Reino Unido, ao mesmo tempo que evita a instalação de sedes globais.

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Segundo a Reuters, em 2020 a Binance agiu contra seus próprios alertas de risco de lavagem de dinheiro em pelo menos sete países. Especificamente, as classificações da Rússia e da Ucrânia foram “manualmente” rebaixadas de “extrema” para “alta”, de modo que a exchange pudesse continuar oferecendo serviços nesses locais.

Sem contar a saída da China em 2017, ano em que o país endureceu a repressão contra o setor cripto, a exchange fugiu duas vezes de diferentes mercados quando seu relacionamento com os reguladores azedou, citou a reportagem.

Isso ocorreu depois que o Japão acionou a Binance por oferecer serviços sem ser licenciada e quando a empresa percebeu que ser regulamentada em Malta – e montar uma sede global no país – envolvia mais do que uma aprovação rápida, escreveu a Reuters.

Um porta-voz da Binance disse em um comunicado à agência de notícias que a exchange está “investindo nas futuras tecnologias e na legislação que colocará a indústria de criptomoedas no caminho para se tornar bem regulamentada e segura”. No entanto, a empresa não respondeu todas as perguntas sobre o caso feitas pela Reuters.

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