Apesar de Petrobras, Ibovespa Futuro registra sessão de alta acompanhando exterior

Mesmo com os ADRs da Petrobras registrando queda de cerca de 1% no pré-market da Nyse, índice futuro registra ganhos acompanhando cenário internacional positivo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro registra alta na sessão desta segunda-feira (11), acompanhando o dia positivo dos mercados internacionais, apesar de esperada uma reação negativa da Petrobras (PETR3;PETR4). Às 09h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto registrava alta de 0,70%, a 55.800 pontos. 

As principais bolsas mundiais registram alta, seguindo o movimento positivo dos índices norte-americanos, que se recuperaram, enquanto as tensões geopolíticas diminuíram levemente. Neste pregão, os benchmarks asiáticos foram impulsionados após a inflação na China ficar abaixo da meta em julho, abrindo mais espaço a estímulos na economia. Já na Europa, os índices subiram pela primeira vez em quatro sessões, após as tensões envolvendo Ucrânia e Rússia diminuirem. O índice alemão DAX é o destaque de alta, com ganhos de cerca de 1,5%.

Ainda no cenário geopolítico, Israel e Gaza concordaram com cessar-fogo. No Iraque, o premiê do país, Nouri al-Maliki, mobiliza tropas e tanques em Bagdá, enquanto resiste ao pedido do presidente dos EUA Barack Obama por governo mais inclusivo. Enquanto isso, a cotação do petróleo brent recua com especulações de que ataque dos EUA ao Iraque reduziu riscos de regiões produtoras serem invadidas por insurgentes. 

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Já no Brasil, a agenda de resultados continua movimentada e têm programada a divulgação de 15 resultados, todos após o fechamento das negociações. Nesta sessão, a Petrobras repercute a queda inesperada no lucro da empresa.  A petrolífera teve lucro líquido de R$ 4,959 bilhões no segundo trimestre do ano, queda de 20% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, no pré-market da NYSE, os ADRs da companhia registram queda de cerca de 1%. 

O mercado ficará ainda de olho no Focus. A expectativa de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014 diminuiu para 0,81%, ante 0,86% da semana anterior – esta é a 11ª semana consecutiva que os economistas diminuem as estimativas para o crescimento da atividade econômica brasileira. Para 2015, os economistas também cortaram a projeção do PIB, para 1,20%, ante 1,50% na semana anterior.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.