Apesar da decisão do FED, bolsas do México e Brasil caem

As principais bolsas latino-americanas, com exceção da Argentina, fecharam em baixa nesta terça-feira influenciadas pelo desempenho negativo dos índices acionários norte-americanos, que reagiram mal ao corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juros. A redução, já esperada pelos analistas, visa reverter a desaceleração da economia dos EUA. Hoje foram divulgados os dados do PIB referentes ao quarto trimestre, com crescimeto de 1,4%, abaixo dos 2,5% esperados pelo mercado. Às 15h46 de Nova York, o Nasdaq Composite registrava queda de 2,07%, enquanto o Dow Jones Industrial e o S&P500 apresentavam variações negativas menos acentuadas de 0,05% e 0,64%, respectivamente.

O índice Merval da bolsa de Buenos Aires fechou em alta de 0,24%, impulsionado pela redução da taxa de juros norte-americana. Como a política monetária argentina é ligada à dos EUA em função da paridade entre o peso argentino e o dólar, a decisão do FED beneficia o país. Além disso, a redução da taxa de juros norte-americana implica na diminuição dos custos de empréstimos. Hoje, a província de Buenos Aires anunciou que pretende vender US$ 186 milhões em títulos de três anos ainda esta semana; estes títulos fazem parte de um total de US$ 1,5 bilhão que a província pretende vender neste ano.
O destaque de alta na Bolsa de Buenos Aires ficou para o setor financeiro, com as ações dos bancos Francês Rio de la Plata (+3,83%), BSCH (+2,77%) e Galicia y Buenos Aires (+2,62%). Já as maiores quedas entre os componentes do índice Merval ficaram com as ações da Sociedad Comercial del Plata (-9,00%), da Cresud (-4,49%) e da Acindar (-1,75%).
O índice IPC da bolsa do México encerrou o pregão em baixa de 0,38%, acompanhando o desempenho das bolsas norte-americanas. O Banco Central mexicano anunciou hoje uma estimativa de crescimento de 5,9% no PIB do quarto trimestre de 2000, contra um crescimento de 7% registrado no terceiro trimestre; o resultado mais fraco foi diretamente influenciado pela desaceleração da economia dos EUA, maior parceiro comercial do país.
As maiores baixas entre os componentes do índice IPC ficaram com as ações da Hylsamex (-6,04%), do Grupo Industrial Maseca (-5,17%) e do Grupo Industrial Alfa (-4,70%). Por outro lado, os papéis da TAMSA (+11,59%), das Empresas ICA (+4,26%) e da Organizacion Soriana (+4,13%) foram os destaques de alta da bolsa mexicana.

O índice ISBVL da Bolsa de Lima fechou em alta de 0,95%.