Apenas uma correção? “Índice do medo” não sinaliza pânico nos mercados

Alta é de "apenas" 6,71% para 18,76 pontos, expectativa é que o VIX subisse para cima dos 20 pontos

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O VIX, o famoso índice do medo negociado na bolsa de Chicago, não está sinalizando pânico nos mercados com alta de “apenas” 6,71% por volta das 16h10 (horário de Brasília), atingindo os 18,76 pontos. Enquanto o Dow Jones cai 2,25%, para 12.948 pontos e o Ibovespa recua 1,83% para 58.372 pontos, a expectativa é que o número superasse os 20 pontos. 

O pânico generalizado atingiu os mercados nessa quarta-feira (7), um dia após Barack Obama ser reeleito presidente dos EUA. A expectativa é que a vitória do democrata pudesse gerar novas altas no mercado acionário, mas acabou acionando perdas – conforme o interesse dos investidores passou a ser o “abismo fiscal”. Mesmo assim, o índice VIX costuma ser muito mais volátil que isso quando há pânico nos mercados – e já chegou a subir 50% quando a Standard & Poor’s rebaixou os EUA em 2011. 

Ao contrário do que se esperava, os democratas, partido do presidente, não retomaram a maioria na câmara dos deputados, que permanece com os republicanos. Assim, as negociações para evitar o abismo deverá ser mais feroz – e corre-se o risco de que o abismo. 

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Duas das principais agências de classificação de risco, a Moody’s e a Fitch, alertaram a possibilidade de um rebaixamento do rating soberano, se a situação não for tratada com agilidade – lembrando que o país corre o risco de atingir o limite da dívida já no início do ano, evento que levou a S&P rebaixar a nação em agosto de 2011.

Muitos fundos demandam em seus prospectos que o investimento tenha nota AAA em pelo menos duas agências. Atualmente, Fitch e Moody’s dão a nota máxima para os Estados Unidos, mas um rebaixamento pode elevar os custos de financiamento do país significamente. Esse cenário traz dúvida para os investidores e vem provocando um efeito manada nas principais bolsas mundiais.