Apenas 11% dos gestores esperam que Fed reduza QE3 amanhã, aponta BofA

Pesquisa do banco mostra que gestores acham que redução de estímulos nos EUA só deve ocorrer em janeiro ou março; reunião termina nesta quarta-feira às 17h

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Amanhã às 17h (horário de Brasília) terminará a última reunião de política monetária do Federal Reserve em 2013, considerado o principal evento macroeconômico deste fim de ano pela expectativa sobre uma possível sinalização de quando terá início a retirada do Quantitative Easing 3 (QE3), o programa mensal que consiste na compra de até US$ 85 bilhões em títulos dos bancos, com o intuito de fornecer liquidez para a economia. Apesar dessa espera, boa parte do mercado não espera novidades por parte da cúpula da autoridade monetária dos EUA.

Segundo pesquisa feita pelo Bank of America Merrill Lynch junto a gestores de recursos, apenas 11% dos entrevistados acreditam que o anúncio da redução deve ocorrer na reunião desta quarta-feira (18). Já 32% dos entrevistados esperam que a redução dos estímulos só ocorrerá em janeiro de 2014, enquanto 42% acreditam que o QE3 só deve ser retirado a partir de março.

Em uma outra pesquisa, realizada pelo Wall Street Journal com 46 economistas, apontou que 25% deles acredita na redução já nesta quarta-feira. Já outra pesquisa feita pela agência de notícias Bloomberg revelou que 34% dos entrevistas esperam uma retirada gradual do QE3 a partir de amanhã.

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No relatório do BofA, os gestores não se mostraram preocupados com a redução dos estímulos, sendo que 71% dos entrevistados afirmaram que os EUA devem apresentar uma economia mais forte nesses próximos meses. Segundo o BofA, os níveis de caixa estão elevados para os gestores, enquanto um número recorde de investidores – o maior desde janeiro de 2012 – acredita que as ações estão muito caras.

Para o banco americano, os investidores estão aderindo a posições “bullish” (positivo, projetando alta) para as ações, além de estarem se posicionando para um dólar mais forte. Com isso, os gestores apostam em três posições: “short” (vendido) em iene e “long” (comprado) em S&P e treasuries dos EUA.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.