Ancord diz que tem legitimidade para atuar e vai contestar ação do MPF na Justiça

A acusação é que essas prerrogativas seriam exclusivas da CVM, também réu no processo aberto na semana passada

Estadão Conteúdo

Publicidade

A Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord) vai contestar a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal em São Paulo para questionar a transferência à entidade, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da atividade de fiscalização e punição de agentes autônomos de investimento. A acusação é que essas prerrogativas seriam exclusivas do órgão regulador do mercado de capitais, também réu no processo aberto na semana passada. O MPF pede o fim da exigência de credenciamento prévio dos agentes autônomos de investimento pela Ancord.

Em comunicado enviado ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), a associação diz que atua como entidade autorreguladora, exercendo na esfera privada e com base em seu código de conduta, um controle sobre a atuação das instituições intermediárias de operações no mercado financeiro e dos agentes autônomos de investimento. A entidade diz que sua atividade não fere qualquer norma legal.

A Ancord afirma que a autorregulação é um instrumento auxiliar dos órgãos reguladores do mercado de capitais reconhecido pela Organização Internacional das Comissões de Valores (Iosco) como um componente valioso para que a regulação estatal alcance seus objetivos, na medida em que representa uma forma de conjugação de interesses públicos e privados voltados para o funcionamento regular do mercado.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“A Ancord entende que com sua atuação como entidade credenciadora é um instrumento legítimo de reforço da atuação da CVM na regulação dos Agentes Autônomos de Investimento, e tem a convicção de que está cooperando de forma importante com a CVM para assegurar a confiabilidade do sistema de distribuição de valores mobiliários”, diz o comunicado.

Com base na Instrução CVM Nº 497/2011 – que é objeto dos questionamentos formulados pelo Ministério Público Federal – a Ancord realiza o credenciamento dos agentes autônomos de investimento. Também elabora um Código de Conduta e a supervisão da atuação desses profissionais com base nas normas previstas no mesmo. A associação pode aplicar penalidades aos agentes que infringirem essas normas de conduta.

Leia também:

Continua depois da publicidade

InfoMoney atualiza Carteira para fevereiro; confira

André Moraes diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa