Analistas técnicos só veem recuperação da Petrobras nos R$ 23, enquanto queda abaixo de R$ 17,65 é sinal de alerta

Gráficos indicam sinais de cautela, mas não de venda desesperada nos papéis da estatal petrolífera

Ricardo Bomfim

Logo da Petrobras em tela de celular (Shutterstock)

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SÃO PAULO – As duas quedas fortes consecutivas das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) são preocupantes, segundo analistas técnicos, mas não revertem a tendência de alta no longo prazo e o investidor que já está comprado no papel com posição a longo prazo não deve se livrar dele, a não ser que algumas condições não se percam.

Segundo Pamela Semezzato, analista técnica da Rico Investimentos, a tendência de alta se sustenta enquanto a PETR4 estiver acima de R$ 10,80, o fundo anterior do papel preferencial da empresa. “Para quem tem posição de longo prazo a movimentação gráfica dos últimos dias não altera a leitura, só vejo como mais preocupante se a queda continuar e perder o suporte de R$ 17,65 e principalmente o de R$ 10,80”, analisa.

Para o curto prazo, a analista acredita que a movimentação de hoje desconfigura a força compradora que começou com o rompimento do topo de R$ 23,50 e volta a trabalhar em uma região de lateralização anterior entre R$ 21,00 e R$ 23,50. “Para novas compras, eu aconselharia esperar por um candle que mostre força compradora nessas regiões de suporte, já que por enquanto não conseguimos dizer se a queda já acabou ou não”, destaca.

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No gráfico semanal, Pamela já enxerga a ação operando em uma região de muita disputa entre comprados e vendidos.

Já Gilberto Coelho, analista técnico da XP Investimentos, aponta que a perda dos R$ 23 com volume e queda abaixo das médias móveis de 21 e 200 dias sugere teste dos R$ 21,00 ou R$ 19,50, onde o papel fecharia um gap.

“Para sinal de ao menos repique de alta seria importante fechar acima dos 23,20 mirando um “pullback” na região de 26,50 sem ainda retomar tendência de alta”, explica.

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Análise técnica

Chamada de análise gráfica por alguns, ela parte do pressuposto de que tudo o que pode ser medido acerca do desempenho futuro de uma ação já está precificado.

Desse modo, os movimentos diários do papel teriam um componente muito maior de percepção psicológica dos investidores sobre se está caro ou barato, subiu demais ou caiu demais, do que de fundamentos.

As operações em análise técnica, então, são guiadas a partir de um estudo do gráfico do preço da ação, verificando quais patamares de preço geralmente atraem vendas (resistências) e quais outros atraem compras (suportes).

Outras ferramentas da análise técnica incluem o Índice de Força Relativa (IFR), que indica se o papel está sobrecomrado ou sobrevendido, projeção de Fibonacci e análise de médias móveis.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.