As lições e os grandes trades de 2016 e os 6 “calls técnicos” para 2017

A edição especial do Visão Técnica desta sexta-feira contou com a presença de Wagner Caetano, Antonio Montiel e Leandro Martins

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – O último Visão Técnica do ano, desta sexta-feira (23), teve edição especial e contou com a presença de três convidados: Wagner Caetano (Top Traders), Antonio Montiel (Escola de Operadores) e Leandro Martins (Rico Corretora).

Durante o programa, eles responderam a três perguntas-chave: qual foi o grande aprendizado que tivemos em 2016, qual foi o melhor trade deles em 2016 e as duas ações que cada um deles está de olho para 2017.

Confira abaixo o que cada um disse:

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BLOCO 1: O grande aprendizado de 2016

BLOCO 2: O melhor trade de 2016:

BLOCO 3: As 6 grandes apostas na Bolsa para 2017

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Veja abaixo um “resumão” do que foi dito durante o programa:
 

– Antonio Montiel

A grande lição: o trader precisa se posicionar no mercado de maneira cética, sem tomar partido. Não podemos nos deixar enviesar. Temos que operar o que nos vemos e não aquilo que achamos. Várias ações eram patinhos feios ano passado e tiveram um desempenho muito bacana na Bolsa esse ano, como a Vale. Então, tome cuidado com o olhar enviesado e com as previsões, porque, para o ano que vem, as expectativas continuam dúbias. 

O melhor trade: A Localiza quando deixou um fundo duplo na casa dos R$ 22,00 e foi direto até os R$ 45,00. Não era esse o alvo da operação, ficou um pouco mais para baixo, mas ainda assim deu um belo trade. 

As duas apostas para 2017: 1) A Bradespar, uma ação que já subiu muito esse ano, mas que ainda vejo um potencial enorme pela frente; 2) A Unicasa, que é um ativo mais “fora do radar”, mas que tem um stop está muito claro, no ultimo fundo, e dali só para cima. Tem um espaço enorme para andar.

– Leandro Martins 
 

A grande lição: A política tem interferido muito na vida do trader. O próprio payroll, que é um indicador que sai todo mês, tem trazido forte volatilidade ao mercado. Então, o trader precisa estar antenado às notícias e aos indicadores do dia, mas sem tomar um partido, um viés. A política, por exemplo, tem mexido muito com o mercado e é isso que o trader quer, a volatilidade. Quando tem evento político, essa é a hora que o trader precisa estar pronto para agir. 

O melhor trade: um que abri recentemente com as ações da Vale e foi muito eficiente. Os papéis formaram no início de dezembro duas sinalizações muito fortes de reversão: um gap de exaustão e um engolfo de baixa. Essa também fica como uma outra lição: ações com grande liquidez não perdoam gaps. A ação foi direto e no alvo, com queda de 22%. 

As duas apostas para 2017: 1) A Cielo, uma ação que sempre teve boas tendências de alta, mas que está muito depreciada na Bolsa. Abri uma operação com o papel na terça-feira passada, na abertura da Bolsa, e acredito que ela tenha força para buscar os R$ 34,00 no ano que vem; 2) A Totvs, que também é uma ação também muita depreciada. Vejo uma rápida recuperação do papel no rompimento de uma resistência que ela está testando agora. Acho que o ativo pode atingir os R$ 32,00. 

– Wagner Caetano
 

A grande lição: eu tive três grandes aprendizados esse ano: 1) tive a convicção de que aquilo que é consenso do mercado, já está nos preços. Por exemplo, a reação que vimos no pós-Brexit ou eleição de Donald Trump; 2) aquela época de comprar ou vender uma ação e surfar uma tendência com tranquilidade não existe mais. O analista/trader que ganha tem que ser trabalhador, estudioso. A volatilidade tende a continuar ano que vem e não vai ter moleza. Quem tiver resultado será por muito esforço e dedicação; e 3) a ideia de que a análise técnica e fundamentalista andam de lados opostos é passado. Você precisa estar de olho nas duas. Para operar na Bolsa hoje em dia, você tem que ter acesso às noticias de política, economia, geopolítica, de gráficos e fundamentos.

O melhor trade: Enxerguei toda aquela sangria da Bolsa no início do ano como uma oportunidade. Comecei a montar posições compradoras em Gerdau em janeiro, conseguindo um preço médio na primeira operação em R$ 3,60, perto da mínima do ano. Consegui fazer duas operações com a ação em um ano e acertar as duas entradas e saídas.

As duas apostas para 2017: 1) Uma ação é a BRF. O setor vive um bom momento e ação já foi bem penalizada na Bolsa. A empresa ainda está fora do radar dos investidores, mas acho que ela pode viver duas realidades muito positivas mais à frente: caso o dólar se valorize ainda mais e em um cenário de queda de juros. No gráfico, a ação parece respeitar uma região importante e por assimetria ela pode gerar um belo trade. A ação está dando uma oportunidade de ouro. A ideia é comprar a ação agora e carregar pelo prazo de até um ano. 2) A JBS, que é o outro ativo que acredito e já faz parte da minha carteira é a JBS. É uma ação que está excessivamente penalizada. No gráfico semanal, vejo um cruzamento de médias móveis; e no diário, a ação está com topos e fundos ascendentes e tem tudo para deixar os R$ 12,00 para trás e caminhar para o objetivo nos R$ 16,77 para o ano que vem.

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers