Análise técnica: as armas para o pequeno investidor sobreviver no mercado

Dificuldades em investir por contra própria? A análise técnica não funciona só com você? Chegou a hora de operar como profissional

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Não há como negar a evolução do mercado acionário brasileiro durante a passagem para o século 21. De alternativa, o Brasil virou uma das principais rotas dos investidores estrangeiros, que movimentaram, em média, cerca de meio bilhão de reais por ano no somatório de posições compradas e vendidas entre 2003 e 2009.

O alto giro financeiro trouxe consigo fundos e corretoras internacionais, sem falar do status entre as maiores bolsas do mundo. Em meio ao processo, os avanços tecnológicos, vindos de tradicionais centros financeiros, foram ganhando espaço nas mesas de operação.

Desde plataformas de negociação ao fenômeno algotrader, a BM&F Bovespa vem com esforço absorvendo a crescente demanda dos investidores estrangeiros e institucionais. Mas, o que dizer do investidor pessoa física, fatia crescente do mercado?

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Além dos serviços de praxe, aos mais qualificados – financeiramente falando – já estão em mãos plataformas com os tais sistemas de algoritmos e diversos serviços personalizados de investimento.

Luta entre gigantes
Além dos fundos de investimento, uma das alternativas mais recorrentes deste segmento é a busca por conhecimento para gerir seu capital sozinho. De cursos aos livros, da análise fundamentalista até a análise técnica, esses investidores de pequeno porte seguem na luta pelo sonhado primeiro milhão de reais e pela independência financeira.

Nesta caminhada, alguns desistiram por não se adaptar ao ritmo do mundo da renda variável e da exposição ao risco, mas o que se vê rotineiramente são investidores saindo do mercado por perderem todo capital investido de uma só vez, uma das vias mais traumatizantes.

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Para os que resistem bravamente, uma reclamação frequente é a “injustiça” de se investir ao lado dos “tubarões”, que passaram a dominar também os algoritmos, ferramenta que lhes proporcionam uma velocidade incomparável na colocação de ordens.

Entre ganhar um percentual atrelado ao Ibovespa ou encarar esta situação, alguns dos remanescentes optam pela primeira opção. E para a massa restante, quais são as armas para sobreviver, e, ao menos lucrar, neste mercado de extrema competição?

Análise técnica + computação
Das alternativas existentes, a mescla entre análise técnica e computação vem ganhando força entre os pequenos investidores, que buscam o apoio da estatística para avaliar melhor as probabilidades de acerto das operações.

Como a análise técnica postula que eventos passados tendem a se repetir no futuro, nada mais sensato que balizar o elemento futurológico do instrumental por meio da matemática, já que estamos lidando com a variável preço.

Por este motivo factível ao olhar, mas aparentemente difícil de ser deduzido – ao menos nos últimos dez anos – o investidor pessoa física deve aliar o estudo do comportamento do mercado às ferramentas de estatística, como procurar aprimorar seus conhecimentos de informática, afinal, a ideia de que a máquina substituiria o homem é uma realidade em processo no mercado de capitais mundial.

Armas em punho
A fim de nortear o pequeno investidor pessoa física, o projeto “Manejo de Risco” deixa um pouco de lado as teorias por trás do Money Management e o stop loss, para cuidar essencialmente de sua estratégia empregada ao operar.

Nesta série de reportagens, serão abordadas as ferramentas por trás de um bom Trade System, e, a partir da formulação de um competente rastreador de papéis, averiguaremos os instrumentos para a realização de simulações das estratégias utilizadas.

Em resumo, o objetivo é apresentar uma alternativa com enfoque mais científico e que desmistifique o uso dos gráficos, pois, na verdade, não há qualquer metodologia que preveja o futuro, nem mesmo a análise técnica.