Americanas (AMER3): Morgan Stanley vê três catalisadores positivos e eleva recomendação da ação para compra

Banco eleva varejista de equal-weight para overweight, com preço-alvo passando de R$ 20 para R$ 24

Felipe Moreira

Lojas Americanas

Publicidade

O Morgan Stanley elevou as ações da Americanas (AMER3) de equal-weight (exposição em linha com a média do mercado, equivalente à neutro) para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo passando de R$ 20 para R$ 24, o que representa potencial de valorização de 24,2% em relação a cotação de fechamento de terça-feira (4) de R$ 19,33.

A reclassificação, segundo analistas, é motivada por “três pontos de inflexão positivos à frente para a Americanas: (1) Pesquisa AlphaWise [feita pelo banco] vislumbra melhoria do sentimento do consumidor no Brasil, (2) novo CEO da companhia [Sergio Rial] pode promover transformação estratégica e (3) margem líquida está pronta para melhorar no próximo ano”.

Em um cenário de taxas de juros em alta e inflação persistentemente alta, a perspectiva do consumidor brasileiro surpreendeu positivamente o Morgan Stanley. Em sua pesquisa AlphaWise mais recente, realizada em agosto de 2022, 47% esperam que a economia melhore nos próximos seis meses — a maior resposta positiva desde a primeira onda da pesquisa em março de 2020.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Para tendências de compras, o time de research do banco diz que o comportamento dos consumidores brasileiros normalizou para atividades online.

Cinquenta e nove por cento dos consumidores do Brasil relataram comprar itens não relacionados a compras on-line no mês passado, essencialmente em linha com as pesquisas do banco em novembro de 2021 – apesar das visitas a shoppings no mês passado continuarem aumentando, relatadas por 51% dos consumidores do Brasil (versus 42% em novembro de 2021 e 34% em junho de 2021).

Transformação estratégica e novo CEO da Americanas

O Morgan Stanley vê um potencial ponto de inflexão na transformação estratégica da Americanas (abrangendo iniciativas omnichannel e fintech), com o trabalho de integração avançando e um novo CEO anunciado. Os ativos de lojas físicas e e-commerce agora estão integrados sob a base operacional e acionária única da Americanas.

Continua depois da publicidade

“Enquanto 2021 enfrentou disrupções à medida que essa combinação foi implementada, vemos a empresa agora com o trabalho de integração inicial concluído e uma estrutura resultante favorável”, comenta o banco.

Aumentando ainda mais otimismo do Morgan sobre o ritmo da mudança estratégica, destaca-se a contratação do ex-CEO do Santander Brasil Sergio Rial, a partir de 1º de janeiro de 2023.

“Embora nenhum plano específico tenha sido apresentado, vemos a fintech Ame como potencial área de maior foco.” Na opinião do banco, a mudança de gestão demonstra ainda mais a disposição da Americanas em acelerar os esforços de transformação.

Expansão da margem líquida

Com investimentos que incluíram ofertas mais amplas de frete grátis, as margens Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) ajustadas da Americanas caíram de 17,7% em 2019 para 12,0% em 2021. Para 2022, Morgan projeta margens de 12,7%. No entanto, as tendências de expansão do Ebitda no acumulado do ano foram superadas por uma significativa deterioração de -420 bps na base anual nas despesas financeiras líquidas, refletindo o aumento das taxas de juros no Brasil.

Analistas esperam que a Americanas apresente prejuízo em 2022, com margens líquidas de -0,2%, enquanto para 2023 esperam melhorias.

Enquanto as despesas financeiras totais em 2023 estão praticamente estáveis em termos absolutos (em reais), quando consideram a projeção de crescimento de 10% da receita, a despesa financeira líquida se transforma em um ponto de alavancagem de margem. Sendo assim, projetam expansão 120 pontos-base para margem Ebitda (para 13,8%), com +190bps de expansão da margem líquida (para 1,7%, +30bps acima do consenso), bem como +100bps de expansão da margem líquida para 2024 e 2025.

Oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje. Assista aqui