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A Ambev (ABEV3) divulgou nesta quinta-feira (31) seus resultados do terceiro trimestre de 2024, em linha com as expectativas do BBI, com receita líquida de R$ 22,1 bilhões, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 7 bilhões com margem de 31,7% e lucro líquido ajustado de R$ 3,5 bilhões.
Os ativos caíram 2,24%, a R$ 12,64.
Do lado operacional, o BBI aponta ver tendências mistas na cerveja brasileira, com volumes 0,6% maiores na base anual, atestando a força da categoria, mas ainda provavelmente sugerindo alguma contração de participação de mercado. Os preços foram a principal ressalva, expandindo apenas 2,6% na comparação ano a ano apesar da premiumização.
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Com relação a avaliação, o BBI vê a Ambev está sendo negociada com um desconto de 18% em relação à controladora ABI, a 13 vezes Preço/Lucro para 2025, o que oferece espaço limitado para revisões de lucros para cima.
Para a recompra de 155 milhões de ações (1% do total), o BBI avalia que é uma mensagem positiva em relação às distribuições de caixa, embora ainda acredite que mais será necessário para impulsionar uma reclassificação e manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 13.
A XP Investimentos, por sua vez, classificou os resultados trimestrais como fracos, juntamente com os ventos favoráveis de COGS (Custos dos Produtos Vendidos)que parecem estar chegando ao fim, levando a uma visão negativa.
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O time de análise da XP ressalta que o desempenho superior das marcas premium e core plus não foi suficiente para compensar o cenário competitivo mais difícil no mainstream, levando a receita líquida/hl (hectolitro) da AmBev a ficar abaixo da inflação, também negativamente afetada por impostos mais altos.
No Internacional, a indústria em declínio da LAS (América Latina Sul) arrastou o volume consolidado para baixo, e o Canadá, com uma indústria fraca, é desanimador, embora o sólido desempenho do CAC tenha sido uma constante.
No total, o Ebitda ajustado ficou 4,8% acima da previsão da XP e ligeiramente abaixo do consenso, e o lucro por ação (LPA) ficou 4,8% abaixo do consenso e 1,7% acima da expectativa da XP. Por fim, o tamanho e o timing do programa de recompra de ações não merecem um brinde.
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Para o BBA, embora os números gerais tenham ficado aproximadamente em linha com suas estimativas, o banco pontua que a dinâmica fraca da receita líquida na Cerveja Brasil, impulsionada por volumes e preços, pode dar o tom para a tese de investimento no curto prazo.
Do lado positivo, o BBA destaca o anúncio de uma recompra de ações, que é o primeiro passo para as discussões de alocação de capital que têm chamado a atenção dos investidores ultimamente. No entanto, alguns podem argumentar que a recompra de ações de cerca de R$ 2 bilhões ainda parece tímida em comparação com as expectativas de otimização da estrutura de capital.
Com isso, o Itaú BBA manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 15.
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Na mesma linha que os outro bancos, o BTG pontuou que as tendências mais fracas de volume e preços no segmento de cerveja Brasil, principal geografia da Ambev, ressaltam uma deterioração do cenário competitivo que acredita que será o foco dos investidores de agora em diante.
“O lado positivo foi o anúncio de um programa de recompra de ações de R$ 2 bilhões que pode despertar esperanças de uma mudança na estrutura de capital”, comenta BTG.
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