Amazon (AMZO34) aprova desdobramento de ações; papéis se valorizam

Companhia busca dar mais acesso a investidores de seus papéis e flexibilizar a participação de funcionários na companhia

Equipe InfoMoney

Rede 4-Star é um dos alvos do fechamento de lojas da Amazon (Foto: Dan Kitwood/Getty Images)

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O conselho de administração da Amazon (AMZO34) aprovou, nessa quarta-feira (26), um desdobramento de ações na proporção de 1 para 20 – o que deverá elevar a liquidez dos papéis da companhia. No pregão de hoje, suas ações em NY e os seus BDRs (AMZO34) na B3 avançam, respectivamente, 5,18% e 5,7%, por volta das 13h.

Levando em consideração o preço de tela do papel do início do pregão desta quinta, cada ação deixaria de ser negociada a US$ 2.163,73 para algo próximo a US$ 110. O desdobramento valerá para todos os três tipos de ações da companhia de Jeff Bezos.

Em março, a big tech já havia anunciado que pretendia fazer a movimentação. “Esta divisão dará aos nossos funcionários mais flexibilidade na forma como eles administram seu patrimônio em ações da empresa e tornaria o preço mais acessível para pessoas que desejam investir na companhia”, disse a Amazon, em comunicado da época.

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Em relatório do mesmo período, o Morgan Stanley afirmou que o desdobramento é visto como “parte de uma série de movimentações amigáveis aos acionistas, que podem catalisar o potencial de expansão”.

As ações da empresa, desde então, acumulam quase 30% de queda, impactadas pelo mau momento para as companhias de tecnologia – que, por conta do cenário macroeconômico, veem suas lucratividades futuras ameaçadas. Neste ano, a Amazon já perdeu mais de US$ 600 bilhões em valor de mercado.

Ações caíram após balanço

No primeiro trimestre, o Morgan Stanley destacou que a companhia trouxe margens mais fracas, com a pressão inflacionária, contratou muito, a salários mais altos por conta da grande demanda por mão de obra nos EUA, e gastou mais com frete, com o petróleo avançando – algo que não mudou, entretanto, a recomendação de overweight do banco, que tem preço-alvo de US$ 4.200 para as ações, upside de quase 100%.

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O esperado é que, em 2022, o crescimento da Amazon desacelere, com as vendas subindo 12%, após um crescimento médio de 28% nos últimos cinco anos.

A Amazon (AMZO34) reportou prejuízo líquido de US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre, ou US$ 7,56 por ação diluída. Um ano antes, havia lucrado US$ 8,1 bilhões, ou US$ 15,79 por ação diluída. Após a divulgação do resultado as ações da Amazon no pós-mercado americano desabaram mais de 12%.

Leia também:

Amazon enfrenta descontentamento de acionistas

A companhia de Jeff Bezos teve nessa quarta a sua primeira reunião comandada pelo seu novo diretor executivo, Andy Jassy, que assumiu o cargo há cerca de nove meses.

Além da proposta de desdobramento, inserida pelo próprio conselho da companhia, investidores propuseram outras 15 pautas, o maior número já visto para uma reunião da companhia até então. As queda do crescimento e do preço das ações vêm se fazendo sentir entre acionistas e diretores.

Investidores, para além da questão da queda da lucratividade, têm ainda outras pautas. Dentre as 15 propostas, cinco foram relacionadas à sindicalização da força de trabalho – a companhia, entre todas as techs é a que mais tem funcionários, com cerca de 1,6 milhão de funcionários – e outras também abrangeram problemas regulatórios.

Além do descontentamento, o número de propostas recorde também reflete mudanças na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que tornou mais fácil que investidores apresentem propostas.

A Amazon recomendou a investidores que votassem não em todas as questões propostas pelos acionistas.

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