Alta das ações de Eike após rumores de parceria estaria na mira da CVM

Investigação teria como justificativa a valorização dos papéis apos rumores de parceria do grupo EBX com a BNDESPar, o que abre suspeita de informações privilegiadas

Nara Faria

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SÃO PAULO – A forte alta das ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista, chamou a atenção na última segunda-feira, com destaque para os ativos da OGX (OGXP3), LLX (LLXL3) e MMX (MMXM3), que encerraram na ocasião com valorizações de 8,8%, 6,8% e 3,9%, respectivamente.

Na ocasião, as empresas de Eike listadas na bolsa ganharam 5,61% de valor de mercado, passando de R$ 23,17 bilhões para R$ 24,47 bilhões.

Após a sequência de fortes quedas, as ações do grupo subiram em função da informação divulgada na coluna Radar, da revista Veja, sobre uma possível compra de participações pelo BNDESPar, braço do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para aquisição de ações, o que abre suspeita de possíveis informações privilegiadas.

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Um dia após os rumores, tanto o BNDESPar como a EBX negaram as negociações de capitalização, apesar de afirmarem que “sempre estão avaliando oportunidades”.

Em matéria publicada pelo portal da Folha de S.Paulo, o ex-presidente da autarquia Leonardo Cantidiano afirmou que a investigação da CVM nesses casos é rotineira, já que é seu dever monitorar negociações fora da curva. Quando existe algum fundamento, a CVM abre um inquérito para apurar as responsabilidades e questiona os envolvidos. 

Procurada pelo Portal InfoMoney, a CVM informou que acompanha e analisa as informações e operações envolvendo companhias abertas e adota as medidas cabíveis, quando necessário. “A Autarquia não comenta casos específicos”, completa a CVM em nota. Procurado, o grupo EBX ainda não se pronunciou sobre o assunto.