Aliansce Sonae tem queda de 60,2% no lucro do 2º tri; geração de caixa dos shoppings avança 24,7%

Descontos com aluguéis caíram mais uma vez, com crescimento nas vendas; inadimplência também recuou

Mitchel Diniz

Santana Parque Shopping, da Aliansce Sonae (Foto: Divulgação)

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O lucro líquido da administradora de shopping centers Aliansce Sonae (ALSO3) recuou 60,2% no segundo trimestre de 2022, comparando ao mesmo período do ano passado, para R$ 23,564 milhões. O resultado veio abaixo do projetado pelo consenso Refinitiv, que previa lucro de R$ 45,54 milhões no período.

A linha final do balanço foi impactada pela depreciação dos shoppings. Mas o fluxo de caixa proveniente das operações ajustado (FFO, na sigla em inglês) ajustado da Aliansce cresceu 24,7% na comparação com o segundo trimestre de 2021, para R$ 107,75 milhões. Comparando com o mesmo período em 2019, a alta foi de 3%.

O FFO, por sua vez, foi impactado pela depreciação de ações da brMalls (BRML3). A Aliansce Sonae adquiriu R$ 624 milhões em papéis da administradora (com a qual passa por um processo de fusão) ao longo do primeiro trimestre deste ano. Sem contar com essas ações, o indicador teria crescido 16% na comparação com 2019.

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Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da Aliansce Sonae cresceu 19,6% ano a ano, para R$ 176,278 milhões. A receita líquida da empresa somou R$ 245,05 milhões, alta de 18%.

Redução de descontos acelera preço de aluguéis

Os aluguéis mesmas lojas da administradora aceleraram, crescendo 37,9% no segundo trimestre. “A performance está ligada à consistente recuperação das atividades nos shoppings da companhia e consequente redução de descontos”, diz o texto que acompanha os resultados da Aliansce Sonae. Segundo a empresa, o patamar de descontos atingiu o menor nível sobre os alugueis desde o quarto trimestre de 2019, antes da pandemia.

As vendas dos shoppings da Aliansce Sonae atingiram R$ 2,9 bilhões entre abril e junho deste ano, crescimento de 46% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a alta foi de 29%.

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Os shoppings da administradora que mais venderam no período foram o Leblon, no Rio de Janeiro, o Shopping Belém, no Pará, o Shopping Maceió, nas Alagoas, e o Boulevard Belo Horizonte, em Minas Gerais. “Os três shoppings com melhor performance no trimestre são de diferentes regiões do país, demonstrando mais uma vez a força do portfólio diversificado da companhia”, diz o texto que acompanha os resultados.

Taxa de ocupação avança

Segundo a Aliansce Sonae, a demanda comercial nas áreas dos shoppings administrados pela empresa levou à assinatura de 173 novos contratos no segundo trimestre de 2022, com destaque para praça de alimentação (segmento onde os descontos ainda não foram totalmente normalizados) e vestuário. A taxa de ocupação foi de 96,7%, ante 95,4% no mesmo período do ano passado.

Os custos de ocupação caíram de 11,6% das vendas para 10,5% entre os períodos. A inadimplência, por sua vez, recuou de 7,8% para 4,5% no intervalo de um ano e ficou negativa em junho.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados