Algozes do “subprime” pagarão mais de US$ 10 bilhões em dividendos ao governo dos EUA

Se não fosse o apoio do governo americano, com resgates que somaram US$ 188 bilhões, as companhias provavelmente teriam quebrado

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Conhecidas como pivôs da segunda maior crise econômica da história, as companhias do setor hipotecário americano Fannie Mae e Freddie Mac vão pagar mais de US$ 10 bilhões em dividendos ao Tesouro para alavancar a receita do governo, após ambos apresentarem resultados lucrativos no primeiro trimestre deste ano – R$ 5,3 bi da primeira e R$ 4 bi da segunda, ambos em queda em comparação com o trimestre anterior.

O futuro das companhias, no entanto, segue nebuloso. Em março deste ano, representantes do comitê bancário no Senado afirmaram que, em breve, um esboço de mudanças nas operações hipotecárias será apresentado. As expectativas do mercado são as piores para o par, que deverá ter grandes problemas com as novas normas regulatórias.

Trata-se de um movimento que pode representar uma apunhalada do governo americano a duas empresas que socorreu durante a crise do “subprime”, ocorrida em 2008, às quais muitos apontam como grandes responsáveis por um dos momentos mais conturbados da economia mundial. Se não fosse o apoio do governo americano, com resgates que somaram US$ 188 bilhões, Fannie Mae e Freddie Mac teriam possivelmente quebrado.

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Os dividendos a serem pagos pelas companhias servem para cobrir o resgate durante a crise. Dos próximos US$ 10 bilhões a serem pagos, US$ 5,7 bilhões serão bancados pelo Fannie Mae, enquanto US$ 4,5 bilhões estão por conta do Freddie Mac.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.