Além da Petrobras: Marfrig, Alpargatas, Oi e mais 5 resultados agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta segunda-feira (13)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Apesar do grande destaque para o resultado da Petrobras, diversas outras empresas também apresentaram seus números do terceiro trimestre deste ano, em especial a Marfrig, a Alpargatas, além da Oi e das construtoras Even e Rossi. Confira os destaques:

Marfrig (MRFG3)
A Marfrig registrou prejuízo líquido de R$ 58 milhões no terceiro trimestre de 2017, ante um prejuízo líquido de R$ 155,8 milhões no terceiro trimestre de 2016. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 41% entre os trimestres, para R$ 490 milhões, ante R$ 348,6 milhões.

De julho a setembro, a receita líquida totalizou R$ 4,83 bilhões, com alta de 11,1% na comparação anual, ante R$ 4,347 bilhões, devido ao maior volume de bovinos (+22%). “Esse crescimento da divisão Beef refletiu a decisão estratégica de antecipar e acelerar o aumento de sua produção no Brasil”, disse a companhia no relatório de resultados.

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A operação brasileira da Marfrig registrou uma alta de 36% e 40% no volume de vendas em relação ao terceiro trimestre de 2016 e ao segundo trimestre deste ano, respectivamente, e com melhora de margens.

O resultado financeiro líquido no terceiro trimestre apresentou despesa de R$ 427 milhões, uma redução de 12% quando comparada à despesa de R$ 488 milhões no segundo trimestre deste ano. A alavancagem considerando-se o Ebitda Ajustado dos últimos 12 meses foi de 4,36 vezes. A dívida líquida da Marfrig encerrou o trimestre em US$ 2,221 bilhões, o que representou um incremento de 9% em relação ao segundo trimestre de 2017. Em reais, a dívida líquida foi de R$ 7,038 bilhões.

Alpargatas (ALPA3)
A calçadista Alpargatas reportou lucro líquido de R$ 71,3 milhões no terceiro trimestre de 2017, queda de 15,6% na comparação com igual período do ano anterior. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a companhia reportou lucro de R$ 305,5 milhões, expansão de 19,4%.

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A companhia reporta ainda um resultado das operações continuadas. O lucro liquido das operações continuadas no trimestre caiu 15%, para R$ 71,3 milhões. Em nove meses, o lucro das operações continuadas chega a R$ 307,2 milhões, aumento de 18,7%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre julho e setembro alcançou R$ 109 milhões, recuo de 14,9% ante iguais meses do ano passado. No acumulado do ano até setembro, o Ebitda chega a R$ 429,5 milhões, retração de 0,1% na comparação anual.

A Alpargatas reportou receita líquida de R$ 951,1 milhões no terceiro trimestre, queda de 3,2% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Em nove meses, a receita chegou a R$ 2,618 bilhões, retração de 12,4%.

CPFL Energia (CPFE3)
A CPFL Energia apurou lucro líquido de R$ 390,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, montante 44,9% maior que os R$ 269,27 milhões anotados em igual etapa do ano passado. No acumulado em nove meses, o resultado somou R$ 745,49 milhões, praticamente estável (+0,5%) frente os R$ 741,85 milhões verificados no mesmo período de 2016.

O lucro líquido atribuído aos acionistas controladores avançou 43,3% no terceiro trimestre, para R$ 331,813 milhões, somando R$ 721,17 milhões no acumulado do ano, queda de 5,4%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,274 bilhão entre julho e setembro, alta de 13,8% ante os R$ 1,120 bilhão registrado nos mesmos meses de 2016. Em nove meses, o Ebitda totalizou R$ 3,498 bilhões, alta de 12,1% frente igual etapa do ano passado.

A receita operacional líquida da CPFL cresceu 62,7% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 7,784 bilhões. No ano até agora, a receita alcançou R$ 19,285 bilhões, 41,8% acima do reportado na mesma etapa de 2016.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 343,4 milhões no trimestre, perda 17,6% menor na comparação anual. Em nove meses, o prejuízo financeiro líquido alcançou R$ 1,197 bilhão, alta de 19,8%.

Light (LIGT3)
A Light registrou no terceiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 59 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 62 milhões anotados em igual período do ano passado. Com isso, no acumulado em nove meses, a companhia já anota um ganho de R$ 33 milhões, frente os R$ 119 milhões de igual etapa de 2016.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período ficou em R$ 478 milhões, 66,1% acima dos R$ 288 milhões de um ano antes. Em nove meses, o indicador cresceu 44,9% e somou R$ 1,140 bilhão.

O Ebitda ajustado, que desconsidera a equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais, ficou em R$ 503 milhões, evolução de 61,9%. No ano até setembro, a linha totalizou R$ 1,2 bilhão, alta de 29,2%. A margem Ebitda ajustado passou de 14% para 19,2%.

A receita líquida da Light entre julho a setembro ficou em R$ 2,627 bilhões, desconsiderando a receita de construção. O montante corresponde a um aumento de 18,5% frente o reportado nos mesmos meses do ano passado. De janeiro a setembro, a receita somou R$ 7,47 bilhões, alta de 14,4%.

Even (EVEN3)
A incorporadora Even fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo líquido de R$ 25,6 milhões, o que representa um aumento do resultado negativo em relação ao mesmo período de 2016 que foi de R$ 12,505 milhões. No acumulado do ano, o prejuízo é de R$ 143,792 milhões, ante o lucro líquido de R$ 27,932 milhões obtido pela companhia entre janeiro e setembro de 2016.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Even soma R$ 41,092 milhões no terceiro trimestre, alta de 36,5% ante igual período de 2016.

A receita líquida da companhia alcançou R$ 488,173 milhões, crescimento de 28% ante o terceiro trimestre do ano passado. No acumulado do ano, a receita bateu em R$ 1,180 bilhão, retração de 13%. O resultado financeiro do terceiro trimestre foi positivo em R$ 12,8 milhões, 33% maior que o registrado no segundo período de 2017, que foi de R$ 9,6 milhões.

Rossi (RSID3)
A Rossi Residencial registrou prejuízo líquido de R$ 156,0 milhões no terceiro trimestre de 2017, resultado 2,7% menor do que a perda de R$ 160,3 milhões apurada no mesmo período de 2016.

O Ebitda (juros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Rossi ficou negativo em R$ 102,1 milhões entre julho e setembro, ante resultado negativo de R$ 80 milhões no terceiro trimestre de 2016. Na mesma base de comparação, a margem Ebitda passou de -57,3% para -237,9%.

A receita líquida da Rossi ficou em R$ 42,9 milhões, recuo de 69,3% em relação ao informado um ano antes. Entre julho e setembro, o resultado financeiro líquido da construtora foi negativo em R$ 47,8 milhões, indicando uma melhora de 23% ante o mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi negativo em R$ 62,3 milhões.

Oi (OIBR4)
A Oi, em recuperação judicial, obteve lucro líquido consolidado de R$ 8 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo o prejuízo de R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2016. Esse é o primeiro lucro reportado pela tele desde o fim de 2015.

O retorno para o azul decorreu da valorização do real frente ao dólar nesse período, uma vez que as dívidas em moeda estrangeira (cerca de US$ 10 bilhões) correspondem a quase metade da dívida bruta.

Com a oscilação do câmbio, o resultado financeiro da Oi gerou uma receita de R$ 45 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante uma despesa de R$ 1,7 bilhão um ano antes.

O câmbio tem causado forte impacto a cada trimestre no balanço da companhia, que desmontou as operações de hedge desde que entrou em recuperação, na metade do ano passado. O efeito do câmbio, entretanto, não teve impactos no caixa da operadora.

Considerando apenas as operações da Oi no Brasil, o lucro líquido no terceiro trimestre de 2017 chegou a R$ 218 milhões, ante R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2016.

Hermes Pardini (PARD3)
O Instituto Hermes Pardini encerrou o terceiro trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 37,3 milhões, o que representa uma evolução de 15,4% ante o registrado em igual período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 69,5 milhões entre julho e setembro, uma alta de 38,7% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da empresa somou R$ 290,5 milhões no terceiro trimestre, com crescimento de 23,7% ante a mesma etapa de 2016. A resultado financeiro ficou negativo em R$ 2,2 milhões entre julho e setembro, ante resultado positivo de R$ 7,9 milhões registrado um ano antes.

Santos Brasil (STBP3)
A Santos Brasil registrou um lucro líquido de R$ 1,0 milhão no terceiro trimestre deste ano, revertendo a perda de R$ 1,1 milhão anotada em igual intervalo do ano passado.

De acordo com a companhia, o resultado do período reflete a queda no volume de contêineres movimentados, o recuo na receita unitária das operações de cais e do terminal de veículos e aumento na armazenagem, além de ganhos não recorrentes, com destaque para o ganho extraordinário com a reversão de despesas tributárias (FUNDAF) e para as despesas e custos não recorrentes remanescentes do processo de reestruturação organizacional.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado recorrente do período foi de R$ 17,3 milhões, uma queda de 44,7% ante o terceiro trimestre de 2016. A margem recorrente foi de 8,3%, ante 14,1% informados um ano antes.

O Ebitda recorrente exclui o efeitos dos seguintes itens não-recorrentes que impactaram positivamente o indicador consolidado no período: operação de cinco navios em Imbituba em junho, desviados do Porto de Itajaí, operação que ainda gerou um ganho residual de R$ 1,0 milhão no terceiro trimestre; receita de R$ 0,6 milhão com venda de ativo imobilizado; reversão de recolhimento de tributos ao FUNDAF no montante de R$ 11,5 milhões e reversão de provisões diversas no total de R$ 6,9 milhões.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 209,3 milhões no período, montante 6,0% inferior aos R$ 222,7 milhões registrados no terceiro trimestre de 2016. O resultado financeiro líquido apontou perdas de R$ 2,7 milhões, ante despesas de R$ 4,6 milhões de igual intervalo de 2016.

(Agência Estado)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.