Ainda de olho no abismo fiscal, Ibovespa deve seguir com fracas oscilações

Em ritmo de final de ano, bolsa tem liquidez reduzida enquanto falta de acordo político nos EUA mantém o mercado apreensivo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Com cautela esperando definições nos EUA e com baixa liquidez devido ao feriado de natal e ao fim de ano, o Ibovespa fechou a última quarta-feira (26) com leve queda de 0,08%, aos 60.959 pontos.

Para o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, a bolsa ainda apresentou uma liquidez pouco acima do que poderia ser esperado na última sessão – o giro financeiro da Bovespa ficou em R$ 4,74 bilhões -, mas o volume deve cair nesta quinta-feira (27). Para Brugger, o ritmo menor devido ao final do ano e os debates sobre o abismo fiscal levam o índice a apresentar uma volatilidade menor que a habitual.

Na última sessão o mercado ficou cauteloso e os poucos indicadores nos EUA tiveram influência sensível. Destaque para as vendas no varejo, que apresentaram os menores valores desde 2008. As vendas nos dois meses anteriores ao Natal aumentaram em 0,7%, enquanto analistas esperavam algo em torno de 3% a 4%. Já os números de preços dos imóveis nos EUA para o mês de outubro avançaram 4,3%, ficando acima das projeções.

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Brugger aponta para um Ibovespa sem grandes movimentos nesta sessão, enquanto o mercado ainda tem alguma esperança de um acordo para o abismo fiscal nos EUA, um dos poucos fatores que poderiam realmente mexer com o índice. Na véspera, tanto o presidente Barack Obama quanto o Congresso norte-americano decidiram por voltar do recesso de final de ano afim de uma última tentativa para uma resolução sobre o abismo antes do dia 31, considerado o prazo final para o acordo.

Agenda: números importantes, mas que não devem ter impactos
Nesta quinta-feira teremos uma agenda com alguns indicadores importantes, mas Brugger alerta que dificilmente estes números consigam ter grande influência nos índices, tanto por aqui quanto no exterior. 

Nos EUA será apresentado o Initial Claims, que mede o número de pedidos de auxílio-desemprego no país e que ajuda a acompanhar a atividade econômica norte-americana. Além disso, será divulgado o indicador de vendas de novas moradias nos EUA, que ajuda a medir o desempenho do mercado imobiliário no país.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.