Candidatos à Presidência apresentam propostas para o agronegócio

Quatro dos 13 candidatos à Presidência da República apresentaram suas propostas para o agronegócio durante Encontro com os Presidenciáveis 2018 promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Conselho do Agro, realizado em Brasília (DF).Participaram do evento Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Na […]

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Quatro dos 13 candidatos à Presidência da República apresentaram suas propostas para o agronegócio durante Encontro com os Presidenciáveis 2018 promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Conselho do Agro, realizado em Brasília (DF).

Participaram do evento Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Na ocasião, os presidenciáveis receberam da CNA um documento com uma série de propostas que visam garantir o crescimento do setor agropecuário no Brasil para os próximos anos.

Confira algumas propostas apresentadas pelos candidatos:

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Geraldo Alckmin – O ex-governador de São Paulo falou sobre um dos principais debates do setor no momento: o tabelamento de fretes. Alckmin criticou a medida, afirmando ser um retrocesso. O caminho do futuro é ter uma regra para a Petrobrás não fazer permanentemente reajustes, mas fazer uma média, e você ter um colchão tributário para esses momentos.

Sobre criminalidade no campo, o candidato defendeu que o produtor tenha o porte de armas facilitado e também disse que irá criar uma agência de segurança que une as forças armadas, Abin, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal. Em relação à segurança jurídica dos produtores, Alckmin propôs reeditar uma medida provisória do ex-presidente Fernando Henrique que proibia terra invadida ser desapropriada para efeito de reforma agrária.

Henrique Meirelles – O primeiro questionamento feito ao ex-ministro da fazenda foi sobre Reforma Agrária. “Existem diversos projetos que podem facilitar a resolução dessa questão, como por exemplo, a titulação fundiária. Mas há muita burocracia e oposição ideológica desse processo dentro das estruturas normativas. Então nós temos que desburocratizar e estabelecer um modelo de maior eficiência e desenvolver um programa de regularização fundiária.

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Ao falar sobre acordos comerciais, Meirelles destacou que o setor agropecuário precisa ser mais competitivo, utilizando a própria imagem do segmento para garantir a abertura de novos mercados. Ele ainda destacou que o País tem condições de atrair investimentos para a área logística, não apenas nas rodovias, mas em todos os modais.

Alvaro Dias – Apoio técnico, extensão rural, crédito, microcrédito, apoio nas exportações, armazenagem e cooperativismo são algumas das propostas apresentadas pelo candidato do Podemos para fortalecer a classe média rural brasileira. O presidenciável também destacou que dará apoio ao sistema cooperativo e que vai incentivar a política de seguro agrícola, que, segundo ele, não favorece o produtor nesse momento.

Em relação ao desenvolvimento da atividade agropecuária na região Nordeste e no Semiárido, o presidenciável destacou a criação de uma política de estado para o Nordeste e o combate à desertificação no semiárido com a mudança da matriz energética da região. 

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Marina Silva – Conhecida por defender ações sustentáveis, Marina Silva falou em sua apresentação que é possível aumentar a produção por meio do aumento de produtividade com desmatamento zero.

“Eu inseri no meu programa de governo o desmatamento legal zero e trabalhar para que aqueles que têm direito a desmatar não desmatem porque eles podem aumentar a produção por ganho de produtividade”, disse a candidata.

Sobre o uso de defensivos, Marina discorda da flexibilização da lei que permite o uso de produtos no Brasil, mas que são proibidos em outros países. ”O que não é bom para os europeus e americanos com certeza atrapalhará os nossos negócios no mercado externo”.

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A candidata concordou que existe uma demora no registro de defensivos. Segundo ela, enquanto no Brasil existem apenas 22 servidores para fazer essas avaliações, enquanto nos Estados Unidos existem 800 funcionários de alta especialidade. ‘’A Anvisa e o Ibama precisam ser devidamente capacitados para ter agilidade sem perda de qualidade. E isso nós vamos fazer”, disse a candidata.