Confiança no agronegócio recua no primeiro trimestre

Apesar do recuo, índice de confiança continua em território positivo

Datagro

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O Índice de Confiança do Agronegócio atingiu 100,5 pontos no primeiro trimestre deste ano, registrando uma queda de 3,9 em relação ao último trimestre de 2016. Na comparação com os três primeiros meses do ano passado, a alta no índice chega a 17,9 pontos. Os dados foram divulgados hoje (13) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Estudo mostra que agronegócio mantém cenário de otimismo para 2017

De acordo com o índice, o resultado do primeiro trimestre indica um cenário de otimismo, já que os números ficaram acima dos 100 pontos. “Resultados abaixo disso indicam baixo grau de confiança”, diz o comunicado divulgado pelas entidades.

Os principais resultados do setor neste início de ano foram obtidos com as indústrias de insumos, cujo índice de confiança chegou a 109,4 pontos.

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“O resultado positivo advém de uma safra recorde de grãos, que tende a elevar a demanda deste segmento, como foi possível observar nos resultados de entregas de fertilizantes, bem como nas vendas de máquinas agrícolas, em recuperação em relação aos anos anteriores”, aponta Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp. 

Para a indústria Depois da Porteira, em especial as de “Alimentos”, a queda no 1º trimestre deste ano em relação ao 4º trimestre de 2016 foi de 2,6 pontos, para 102,0 pontos, mantendo o patamar otimista. A percepção dessas empresas sobre a economia brasileira melhorou no período avaliado, mas houve uma relativa perda de otimismo com as condições do negócio. O sentimento é reforçado pelos dados de vendas no varejo de alimentos e bebidas divulgados pelo IBGE, que registrou recuo de 3,1% no mesmo trimestre pesquisado.

A Fiesp e a OCB também levantaram os dados do setor pecuário medindo a Confiança do Produtor Pecuário, cujo índice fechou em 89,5 pontos, 3,7 pontos abaixo do 4º trimestre do ano passado. 

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Assim como ocorreu com os produtores agrícolas, os preços estão entre os aspectos sobre os quais a percepção dos criadores mais piorou. Entre dezembro de 2016 e março deste ano, as cotações do boi caíram 4% – a queda acumulada em doze meses é de 8%. Esses números explicam a desconfiança dos pecuaristas de corte. No caso do leite, os preços neste ano subiram 4% de dezembro do ano passado a março deste ano. Ainda assim, estão quase 20% abaixo do pico registrado em agosto de 2016.