Barreiras não tarifárias causam prejuízo de US$ 23 bi nas exportações de países emergentes

Para o UNCTAD, as barreiras não tarifárias são importantes instrumentos para proteger o meio ambiente e a saúde dos cidadãos

Datagro

Publicidade

Segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), países em desenvolvimento perdem cerca de US$23 bilhões anualmente, o equivalente a quase 10% de suas exportações para o G20 (grupo das vinte maiores economias do mundo), devido ao não cumprimento de medidas não tarifárias.

Para o UNCTAD, as barreiras não tarifárias são importantes instrumentos para proteger o meio ambiente e a saúde dos cidadãos. No entanto, essas medidas podem aumentar desproporcionalmente os custos do comércio para os países mais pobres. Um exemplo dessa barreira, é o teto estabelecido para o nível de agrotóxico encontrado em alimentos importados.

“Esse tipo de medida está se tornando cada vez mais disseminada”, disse o secretário-geral adjunto da UNCTAD, Joakim Reiter. “Por exemplo, medidas sobre a limpeza e o status de não patogenia dos alimentos — conhecidas como medidas sanitárias e fitossanitárias — cobrem mais de 60% do comércio agrícola”.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“Tais medidas regulatórias aumentam desproporcionalmente os custos do comércio para pequenas e médias empresas e para os países em desenvolvimento, particularmente os menos desenvolvidos”, declarou.

“Estimamos, por exemplo, que o impacto das medidas sanitárias e fitossanitárias da União Europeia representem uma perda de cerca de 3 bilhões de dólares para as exportações dos países de baixa renda. Isso representa 14% de seu comércio agrícola com o bloco europeu.”

“Nós certamente não esperamos que os países do G20 desistam de todas as suas barreiras não tarifárias, que servem como importantes políticas para saúde e segurança, mas precisamos administrar melhor essa questão.”

Continua depois da publicidade

“Barreiras não tarifárias são a nova fronteira de nossa busca por um comércio global maior”, disse, completando que melhores informações reduziriam os custos dessas medidas. “Tudo se reduz a mais transparência e regulações harmonizadas”.