As ações da Gerdau negociaram 6,96 vezes mais na Bovespa do que seus ADRs no exterior. Em São Paulo as ações da empresa giraram R$ 3,60 milhões, enquanto os ADRs em Nova York somaram R$ 517 mil. Também negociaram mais no Brasil as ações da Vale do Rio Doce, com volume 4,36 vezes maior na bolsa brasileira em relação à norte-americana. Na Bovespa os papéis da companhia registraram R$ 19,43 milhões de volume, enquanto em NY o volume foi de apenas R$ 4,46 milhões.
Por outro lado, os ADRs da Tele Norte Celular negociaram hoje na Bolsa de Nova York o equivalente a 6,1 vezes o seu volume registrado na Bovespa. Enquanto na bolsa paulista as ações da empresa de empresa de telecomunicações giraram R$ 204,5 mil, os recibos da empresa negociados na NYSE totalizaram o equivalente a R$ 1,25 milhão. No mesmo sentido estão os ADRs da Ambev que negociaram 5,10 vezes a mais nos EUA que no Brasil.
O volume negociado hoje na Bovespa envolvendo as 24 empresas brasileiras que possuem ADRs somou R$ 594,0 milhões; em contrapartida, as ADRs destas mesmas empresa negociaram em Nova York o equivalente a R$ 268,7 milhões. Entre as empresas que obtiveram grande volume no mercado acionário brasileiro, destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional, que negociou 4,09 vezes a mais de volume em São Paulo em relação a Nova York, totalizando R$ 32,18 milhões na Bovespa, contra R$ 7,87 milhões em ADRs.
Os ADRs, abreviação para American Depositary Receipt, são recibos negociados no mercado norte-americano de empresas não provenientes daquele país. Empresas lançam esses recibos com o intuito de expandir sua base de investidores, aumentando a liquidez das ações. Para isso, elas determinam um custodiante do país onde os ADRs serão emitidos (no caso Estados Unidos), o qual se encarregará de colocar os recibos correspondentes às ações daquela empresa no mercado. Os ADRs podem ser negociados no mercado de balcão ou listados na Bolsa de Nova York, o que aumenta consideravelmente sua liquidez.