Opep+ faz corte histórico de 10 milhões de barris na produção, mas decepciona; Petrobras cai 3%

Sessão foi de forte volatilidade para o mercado de petróleo e para a Petrobras em meio às notícias sobre a reunião dos países produtores

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e países aliados (Opep+) chegaram a um acordo nesta quinta-feira (9) para um corte histórico de 10 milhões de barris por dia na produção.

O acordo prevê esta redução nos meses de maio e junho, enquanto de julho até o fim do ano o corte será de 8 milhões de barris. Os membros ainda concordaram com um corte de 6 milhões de barris por dia de janeiro de 2021 até abril de 2022.

Apesar do tamanho recorde do corte, os preços do petróleo caíram hoje com investidores temendo que este corte ainda não fosse suficiente para combater a perda de demanda por conta do surto do novo coronavírus.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio encerrou em queda de 9,28%, a US$ 22,76, depois de ter chegado a atingir máxima intraday de US$ 28,36, com alta de 12%. Já o Brent para junho caiu 4,11%, a US$ 31,48, na Intercontinental Exchange (ICE).

Com isso, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também registraram queda, fechando em baixa de 3,66%, a R$ 16,86, as ações ON e de 2,89%, a R$ 16,82, as ações PN, após chegarem a subir 8% durante a manhã.

No começo da sessão, o contrato da commodity chegou a registrar fortes ganhos em meio à expectativa com as reduções de produção para tentar equilibrar o mercado em meio aos choques de oferta e demanda da commodity. O mês de março foi marcado pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia e pela redução de demanda com o coronavírus.

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Mais cedo, foi noticiado que haveria um corte de produção de 20 milhões de barris de petróleo por dia através do acordo preliminar entre Arábia Saudita e Rússia, o que animou as cotações da commodity.

Contudo, o otimismo inicial foi dando lugar ao mau humor, à medida que mais detalhes sobre a reunião circulavam no mercado.

Na avaliação do Commerzbank este acordo pode não ser suficiente para estabilizar o setor. “No melhor dos casos, os cortes na produção que estão sendo considerados podem aliviar o golpe causado pela queda na demanda. Então, os preços do petróleo enfrentam riscos consideráveis após a conferência de hoje”, destaca o banco em relatório enviado a clientes.

Além deste acordo, a Opep+ estaria buscando cortes de até 5 milhões por dia no Grupo dos 20 países (G-20), disseram delegados à Bloomberg.

Uma contribuição do G-20, cujos ministros de Energia devem se reunir na sexta-feira, pode dar um estímulo extra aos esforços para reavivar os preços.

Contudo, não está claro se esses países vão aceitar. “A duração do acordo também é um fator importante, com reduções consideráveis sendo necessárias até o fim do ano, para aliviar o impacto nos estoques”, explica o ING.

A Rússia insistiu que os EUA, em particular, façam mais do que apenas permitir que as forças do mercado reduzam sua produção recorde. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos EUA, disse que o corte no país  acontecerá “automaticamente”, à medida que os baixos preços colocarem o xisto em apuros, um sentimento reiterado por seu secretário de Energia na quinta-feira.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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