Ações: saiba quando é melhor investir via fundos

Ao contrário dos fundos, as ações possuem um custo menor já que sua gestão é passiva e não há gastos com taxa de administração

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Para quem gosta de um pouco mais de risco com investimentos, ou mesmo para aqueles investidores que são conservadores mas têm interesse de apimentar as suas aplicações, buscando uma rentabilidade maior, o mercado acionário pode ser uma boa alternativa.

Comprar diretamente as ações, por intermédio de uma corretora de valores, é apenas uma das maneiras de investir neste mercado. Outra forma é por meio dos fundos de investimentos. O que muitas pessoas não sabem é quando é melhor optar por uma ou por outra forma de investimento.

De acordo com especialistas, para quem está começando, ainda não tem nenhuma experiência com o mercado acionário, e não tem tempo para fazer uma análise mais profunda das ações e do mercado, investir via fundos é mais seguro e pode ser mais rentável. “Para este investidor que não tem tanto conhecimento, os fundos são uma boa opção”, afirma o professor do Ibmec, Gilberto Braga.

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O economista e diretor da Norfolk Advisors, Ricardo Torres, concorda. “ “O divisor de águas é o nível de conhecimento que o investidor tem. Se ele é completamente novato, terá maior tranquilidade ao aplicar em um fundo de ações”, ressalta.

Taxa de administração
O fato de um gestor analisar as melhores opções e investir o dinheiro dos cotistas nas ações de empresas que ele acredita terem um maior potencial de valorização tem seu preço e por isso é cobrada uma taxa de administração. “É preciso pagar por esta gestão profissional do dinheiro”, lembra Braga.

Ao mesmo tempo, quem investe diretamente em ações também paga taxas, e dependendo do valor que você for aplicar, pode valer mais a pena pagar a taxa de administração de um fundo de investimento do que as taxas cobradas para investir no mercado acionário.

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Segundo especialistas, normalmente, quem tem pouco dinheiro para investir deve dar preferência aos fundos do que comprar diretamente os papéis. Isso porque na compra direta, muitas vezes incidem custos fixos maiores, que podem fazer grande diferença na rentabilidade líquida em caso de uma aplicação de baixo valor.

ETF
Outra opção que pode ser interessante e de baixo custo para o investidor entrar no mercado acionário são os ETFs (Exchange Traded Fund, ou fundos de índices). Estes fundos são espelhos de carteiras teóricas de ações Se o Ibovespa subir 10% em um mês, por exemplo, o BOVA11, ETF que reflete o desempenho deste índice, vai ter uma rentabilidade muito próxima disso.

Uma das vantagens deste tipo de aplicação é a facilidade de compra, por meio do próprio home broker (plataforma de negociação de ações por meio da internet). “Ao optar por um ETF, o investidor terá a vantagem das duas partes: das ações e dos fundos”, ressalta Torres.

Além disso, ele lembra que as taxas são bem menores do que a maioria dos fundos de investtimentos de ações. Enquanto é comum que um fundo de ação cobre taxas de 2% ou até mais por ano, no caso do ETF, essa taxa não costuma ser maior do que 0,7% ao ano.

Assim, principalmente para quem for comprar cotas de um fundo de investimento passivo, que segue um índice específico da Bolsa, vale a pena olhar antes para os ETFs.