No Twitter, economistas citam maior possibilidade de calote da dívida argentina

"Se você está procurando por calotes, Argentina (e o resto da América Latina) é o seu lugar", comentou o operador Jeroen Blokland, da Robeco Asset Management

Estadão Conteúdo

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O resultado das eleições primárias de domingo na Argentina, que deram ampla vitória à chapa composta por Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner sobre o atual mandatário do país, Maurício Macri, gerou grande preocupação entre os operadores e analistas do mercado financeiro por conta da perspectiva de que o provável novo governo possa incorrer em um possível novo calote da dívida.

Pelo Twitter, o operador Jeroen Blokland, da Robeco Asset Management, publicou um gráfico elaborado pelos economistas americanos Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, da Universidade de Harvard, identificando a quantidade de calotes que cada país já deu desde 1800.

“Se você está procurando por calotes, Argentina (e o resto da América Latina) é o seu lugar”, comentou.

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O gráfico é liderado por Equador e Venezuela, com dez calotes cada, seguido por Uruguai, Costa Rica, Brasil e Chile, com nove. A Argentina, com oito calotes na história, está destacada em vermelho por ser o único país do continente que deu dois calotes desde o ano 2000.

O economista-chefe da Allianz, Mohamed El-Erian, ressalta que enquanto a maior preocupação dos investidores é com a chance de um default, os movimentos do mercado observados ontem ilustram que também há problemas de liquidez no país.

“Também não há descanso para o peso argentino, que abriu hoje 8% mais fraco”, comenta o economista. “Essa depreciação agrava as condições financeiras, mina o crescimento e alimenta a inflação, fazendo com que as eleições fiquem ainda mais incertas”, analisa.

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De acordo com o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos da Argentina, um seguro contra calote da dívida soberana e medida do risco-país, seguiu em alta nesta terça-feira e já embute probabilidade de 75% do default do país vizinho nos próximos cinco anos. Antes das primárias de domingo, essa possibilidade estava perto de 40%, de acordo com operadores.

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