Os 3 eventos que vão agitar a “super quarta” da Bolsa e que todo investidor precisa acompanhar

Fomc, Copom e resultado da vale prometem agitar o mercado nesta quarta-feira

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Pela terceira vez este ano, o mercado viverá uma “super quarta-feira”, mas desta vez a expectativa é que acabe sendo um dia histórico, com duas mudanças importantes nas taxas de juros, uma aqui no Brasil e outra nos Estados Unidos. Para completar o dia, a Vale (VALE3) divulga o seu resultado do segundo trimestre.

Apesar da grande quantidade de eventos, o primeiro deles ocorre apenas às 15h (horário de Brasília), quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) divulga sua decisão de política monetária. A grande expectativa é que o Federal Reserve corte os juros pela primeira vez em mais de uma década.

Analistas e investidores chegaram a se dividir sobre a intensidade da redução – de 25 ou de 50 pontos-base -, mas dados econômicos recentes e discursos feitos por Jerome Powell, presidente do banco central americano, e outros diretores da entidade diminuíram as apostas por um corte de 50 pontos.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Essa projeção se baseia tanto no discurso cauteloso mantido por Powell desde que assumiu o cargo e pela missão assumida por ele: manter a economia crescendo e administrar um mercado de trabalho de alta pressão, mantendo o desemprego em níveis que muitos economistas consideram insustentáveis. Tudo isso protegendo os EUA dos riscos negativos do exterior.

Em seguida, após o fechamento da Bolsa (por volta das 18h), o Comitê de Política Monetária (Copom) também deve cortar os juros em 25 pontos-base no Brasil, levando a taxa Selic para sua mínima histórica de 6,25% ao ano.

A inflação abaixo da meta, a fraqueza da atividade econômica e a aprovação da reforma da Previdência em 1º turno na Câmara dos Deputados abrem espaço para o primeiro corte desde março de 2018. Assim como nos EUA, porém, há quem acredite que a redução pode ser maior, de 50 pontos.

Continua depois da publicidade

Levantamento da Bloomberg com 31 casas até o momento mostra 16 projeções de corte de 0,25pp, 12 analistas que esperam corte de 0,50pp e outros três que ainda veem a Selic mantida em 6,5% ao ano.

A última vez que o BC começou um ciclo de quedas com 0,50 pp foi em 2011. Agora, os números que justificariam um corte maior são as projeções do IPCA abaixo da meta tanto em 2019 como em 2020 e a estimativa de crescimento de apenas 0,82% do PIB neste ano, segundo a Focus.

Para encerrar a “Super Quarta”, também na parte da noite e sem hora definida, a mineradora Vale divulga seu resultado do segundo trimestre, com uma alta expectativa após um relatório de produção mais fraco que o esperado na semana passada.

A produção de minério da companhia alcançou 64,057 milhões de toneladas, queda de 12,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e 33,8% abaixo do reportado um ano antes. No semestre a Vale produziu um total de 136,9 milhões de toneladas de minério, um recuo de 23,4% na comparação com os seis primeiros meses de 2018.

A perda, segundo a empresa, reflete principalmente os impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho (MG) e condições climáticas incomuns no Sistema Norte em abril e no início de maio.

Quer investir melhor o seu dinheiro? Clique aqui e abra a sua conta na XP Investimentos

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.