Comentário Semanal – 29/10 a 01/11

Comentário Semanal - 29/10 a 01/11

Rodolfo Cirne Amstalden

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A semana de 29 de outubro a 1º de novembro foi mais curta para os investidores nacionais, por conta do feriado de 2 de dezembro. Mas as sessões de segunda a quinta-feira garantiram referências suficientes para mexer com o ânimo dos mercados.

As expectativas de um corte de 25 pontos-base na taxa básica de juro norte-americana foram confirmadas pelo Fed. Como resultado, as bolsas subiram e o dólar intensificou sua queda na quarta-feira.

Nos comentários que acompanharam a decisão, o Banco Central dos EUA ratificou a necessidade de aliviar as restrições de crédito, mas também alertou para os riscos inflacionários em pauta. Alguns analistas interpretaram que o Fed fazia alusão sobretudo ao preço do petróleo, que aproximou-se dos US$ 100 por barril durante a semana.

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Outros sinais dos EUA
Apesar das ressalvas do BC norte-americano, a maior economia do mundo continuou emitindo sinais de crescimento estável. O PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre cresceu 3,9%, acima das projeções. E o núcleo do PCE, medida de inflação acompanhada pelo Fed, veio sem surpresas em setembro.

No cenário corporativo dos EUA, o setor financeiro voltou a trazer más notícias. Alguns dos principais bancos de investimento do mundo anunciaram demissões e prejuízos a partir da crise do subprime.

Brasil: Inflação e balança comercial
Dentro da agenda doméstica, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) referente ao mês de outubro apontou inflação de 1,05%, abaixo da alta nos preços apurada no mês anterior (+1,29%).

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Segundo dados do Ministério do Comércio Exterior, a balança comercial encerrou o mês de outubro com superávit de US$ 3,439 bilhões.

Bolsa
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou ao recorde de 65.318 pontos. No entanto, a realização de lucros da quinta-feira roubou os ganhos acumulados, levando a um desempenho negativo de 0,35% na semana, a 64.050 pontos.

Liderando as perdas dentro do índice, os papéis preferenciais da Klabin caíram 7,76%, sentindo efeito de realização de lucros. Os resultados trimestrais da empresa foram bons, embora dentro do esperado pelos analistas.

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Por outro lado, as ações ordinárias da Gafisa subiram 9,86%. O setor de construção civil foi beneficiado como um todo pelo anúncio de extensão de crédito para financiamento de imóveis.

Dentre os papéis mais líquidos, os preferenciais classe A da Vale do Rio Doce registraram alta de 2,03%, impulsionados pela avaliação positiva dos ativos globais em mineração. Já os preferenciais da Petrobras subiram apenas 0,49%, após terem disparado mais de 12% na semana anterior.

Renda fixa
No mercado de renda fixa, os juros futuros mostraram rendimento crescente, dada a perspectiva de pausa no aperto monetário dos EUA. O contrato com vencimento em janeiro de 2010, entre os líderes em liquidez no período, apontou taxa de 11,62%, aumento de 0,01 ponto percentual em base semanal.

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Quanto aos títulos da dívida externa brasileira, o Global 40 fechou cotado a 134,60% de seu valor de face, com alta de 0,04% entre as semanas. Já o risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, encerrou a semana com elevação de 7 pontos, a 181 pontos-base.

Câmbio
Diante dos prognósticos favoráveis ao ingresso de divisas no País, o dólar seguiu sua tendência de desvalorização, fechando a R$ 1,7500, baixa considerável de 1,07%.

Com a queda da Fed Funds Rate para 4,50% ao ano, o diferencial entre juros externo e doméstico torna-se ainda maior, estimulando o ingresso de capital especulativo no Brasil.