Previdência na Comissão Especial, Opep e trégua entre EUA e China: veja o que esperar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber para operar nesta semana

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Após a forte alta de 14,88% do Ibovespa nos primeiros seis meses do ano, a primeira semana do segundo semestre traz definições importantes para os investidores, com a expectativa pela votação da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara dos Deputados depois da frustração com o atraso esta semana. Além disso, atenção para a trégua entre EUA e China. 

Está prevista para a quarta-feira (3) a votação do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Na na quinta-feira (27), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que os governadores se comprometeram a buscar encaminhamento a favor da reforma e que o apoio deles é fundamental para a aprovação da matéria.

Esta semana, um dos únicos motivos que impediram uma queda do Ibovespa abaixo de 100 mil pontos foi o encontro de Alcolumbre com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Economia, Paulo Guedes. A reunião mostrou um pouco mais de vontade de articulação do governo após semanas marcadas por brigas entre Maia e Guedes. 

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Segundo o Globo, o Planalto acelerou a liberação de emendas para destravar a Previdência. 

 Já em relação à guerra comercial, após uma reunião que durou aproximadamente duas horas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram uma nova trégua na guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo e apontaram para a continuidade das negociações comerciais entre os dois países.

“As negociações estão de volta aos trilhos. Tivemos uma reunião muito boa com o presidente Xi. Eu diria excelente até”, disse Trump a repórteres após o encontro com o líder chinês, que ocorreu no fim de semana em Osaka, Japão, às margens da reunião de cúpula do G20.

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Os EUA ameaçavam impor tarifas de 25% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses que ainda não sofriam com barreiras comerciais americanas. Caso as tarifas fossem impostas, praticamente todos os bens chineses importados pelos EUA seriam penalizados com tarifas. De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, Trump concordou em não impor as tarifas adicionais e os dois lados se mostraram dispostos em reiniciar as negociações comerciais com base na “igualdade e respeito”.

É importante ficar de olho também na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), entre os dias 1º e 2 de julho. No último encontro, os membros do cartel decidiram reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia por seis meses e há expectativa por se saber se o corte será estendido pelo resto do ano.  

Agenda econômica

A próxima semana ainda nos reserva o relatório de emprego dos EUA, com estimativa de criação de 165 mil novas vagas. Também haverá falas de dirigentes do Federal Reserve como o vice-presidente, Richard Clarida, e John Williams, presidente do Fed de Nova York. 

Por aqui, a divulgação mais importante é a produção industrial de maio, para a qual se espera uma pequena queda mensal e um alta de 5,5% na base anual. A produção de veículos de junho também será um importante indicador. 

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(Com Agência Estado)

Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.