JBS sobe quase 4% com amortização da dívida, Petrobras avança 3% com petróleo

Mercado tem mais um dia de alta após atingir os 100 mil pontos, confira os principais destaques de ações

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa sobe nesta sexta-feira (21), seguindo o desempenho dos ADRs (na prática, as ações brasileiras negociadas nas bolsas dos Estados Unidos).

Entre os papéis com maior participação no índice, às 11h21 (horário de Brasília) Petrobras (12%) sobe 3%, Itaú Unibanco (10%) avança 1,22% e JBS (3,3%) registra ganhos de quase 4%, puxando a alta de hoje. 

Confira os destaques de ações desta sexta: 

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Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras informou nesta quinta-feira (20) o início da fase vinculante referente à venda integral das ações da Liquigás Distribuidora.

Nessa etapa do projeto, explica a empresa, os interessados classificados para a fase vinculante receberão cartas-convite com instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes.

A empresa reitera que a divulgação ao mercado está em consonância com a Sistemática para Desinvestimentos da Petrobras, que está alinhada ao regime especial de desinvestimento de ativos pelas sociedades de economia mista federais, previsto no Decreto 9.188/2017.

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“Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas”, diz a estatal em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ainda sobre o mercado de gás, o governo deve lançar nos próximos dias o programa Novo Mercado de Gás, que busca baratear o preço do gás e está inserido dentro da agenda econômica que visa ajudar na retomada da atividade econômica.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a intenção do governo é enfrentar os monopólios que atuam há anos no setor, principalmente o das distribuidoras, nos Estados e o da Petrobras. A ideia é aumentar a concorrência em meio ao aumento da oferta, das reservas de gás que virão do pré-sal.

A estatal também acompanha o petróleo, que disparou 6% ontem e volta a subir hoje em meio às tensões entre Estados Unidos e Irã. Na véspera, o Irã abateu um drone norte-americano e o presidente Donald Trump chegou a autorizar um ataque ao país persa, mas cancelou a retaliação. 

Vale (VALE3)

O jornal Valor Econômico destaca que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de permitir a retomada das operações de processamento de minério de ferro a úmido na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), abre novas perspectivas para a Vale. Segundo a publicação, as operações da mineradora na região devem ser retomadas entre hoje e amanhã.

Além disso, a empresa já começa a vislumbrar a possibilidade de retomada da produção em outras minas, paralisadas desde o dia 25 de janeiro, após a tragédia de Brumadinho. Desde o rompimento, a mineradora cortou em cerca de 90 milhões de toneladas sua produção em Minas Gerais. Um terço deste total, correspondia a Brucutu, que agora será retomada.

JBS (JBSS3)

A JBS comunicou ao mercado que concluiu na quarta-feira o pagamento de R$ 2,7 bilhões (equivalentes a US$ 700 milhões) relativos à amortização de parte das dívidas reguladas pelo Acordo de Normalização e mantidas junto às instituições financeiras signatárias no Brasil.

Segundo a empresa, esse pagamento reflete a estratégia “de reduzir o montante das suas dívidas que possuem garantias e consequentemente de suas despesas financeiras, além de estender o prazo médio de pagamento para 6,1 anos, melhorando, assim, o perfil de seu endividamento”.

A companhia destacou ainda que, como evento subsequente, publicado na divulgação de resultados do 1º trimestre de 2019, mencionou que pretendia amortizar no mês de maio US$ 400 milhões de dívidas reguladas pelo Acordo de Normalização.

“Entretanto, a amortização ocorreu ao longo do mês de junho e o valor foi acrescido de US$ 300 milhões, sendo estes recursos adicionais provenientes de sua geração de caixa livre”, informou.

O saldo remanescente das dívidas reguladas pelo Acordo de Normalização ficou em R$ 6,3 bilhões (US$ 1,7 bilhão), com as seguintes instituições financeiras signatárias: Banco do Brasil, Banco da China, Bradesco e Santander.

“Nos termos do Acordo de Normalização, tais pagamentos autorizam a Companhia, mas não a obrigam, a realizar a extinção do Acordo de Normalização, o que poderá ser feito após negociações entre a Companhia e seus parceiros financiadores, no intuito de alongar prazos, obter taxas de juros que melhor representem sua atual solidez financeira e reduzir a parcela de garantias”, completou a empresa no comunicado ao mercado.

Eletrobras (ELET6)

O governo deve adiar para o próximo mês a divulgação das linhas gerais do plano de capitalização da Eletrobras, destaca o Valor. A meta do Ministério de Minas e Energia, porém, é ainda lançar em junho. Até o momento, diz a publicação, não se sabe qual será ao certo o modelo que o governo adotará para a capitalização da estatal, nem ao menos se o processo resultará na privatização da companhia.

Sabesp (SBSP3)

A estatização da companhia de água e esgoto Sabesp deve enfrentar ainda muitos obstáculos, seja por meio da capitalização ou da venda do controle, pontua o Valor. A expectativa deste movimento já valorizou em 50% os papéis da companhia este ano. No entanto, a principal opção do mercado para o destino da Sabesp “esfriou” desde que a Medida Provisória 868 caducou, no início de junho.

B3 (B3SA3)

A B3 aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio relativos ao segundo trimestre deste ano no valor de R$ 390 milhões, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,19046980 por ação, cujo pagamento se dará pelo valor líquido de R$ 0,16189933 por ação.

O pagamento será realizado em 17 de julho e tomará como base de cálculo a posição acionária de 25 de junho de 2019. Dessa forma, as ações passam a ser negociadas na condição de “ex” juros sobre capital próprio a partir do dia 26 de junho de 2019

Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio relativo ao exercício de 2019 no valor bruto de R$ 61,497 milhões, correspondentes a R$ 0,077650 por ação, considerando a quantidade de 791.981.194 ações ordinárias, das quais já foram excluídas as ações em tesouraria.

Segundo a empresa, farão jus aos juros os acionistas detentores de ações em 25 de junho. Dessa forma, a partir do dia seguinte as ações serão negociadas “Ex-JSCP”.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.