Turbulência política, inflação e Fomc: tudo o que você precisa acompanhar esta semana

Tudo que o investidor precisa saber para operar nesta semana

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Em uma semana de grande pânico no mercado, puxado pela tensão política doméstica e as novas dificuldades enfrentadas pelo governo, além do clima ainda indefinido da guerra comercial entre EUA e China, a bolsa atingiu seu menor valor do ano. E os próximos dias não devem ter alívio para os investidores.

Entre os principais focos dos próximos dias, o mercado seguirá de olho no quadro político, com foco nos desdobramentos do caso Flávio Bolsonaro, além do andamento da reforma da Previdência no Congresso e votações da Medidas Provisórias importantes e que estão pendentes. Há ainda o risco de uma greve de ônibus.

No Congresso, superando até a Previdência, os investidores ficarão de olho na chance de votação da MP 870, que trata da estrutura ministerial do governo, que corre contra o tempo para conseguir uma aprovação do texto. Se ela não for votada até dia 3 de junho, irá caducar, obrigando o atual governo a retornar para a estrutura da gestão Michel Temer, recriando assim diversos ministérios.

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Outro fator é a questão da reforma tributária. O deputado Felipe Francischini (PSL), presidente da CCJ da Câmara, disse que o colegiado irá votar nesta semana o relatório da reforma proposta por Baleia Rossi, líder do MDB.

Sobre a Previdência, não há nenhum evento importante em si, apenas o andamento da reforma. Mas vale lembrar que, mesmo com o noticiário pesado, na semana passada a Eurasia elevou a chance de aprovação da Previdência de 70% para 80%, argumentando que a resistência dos parlamentares à reforma caiu.

No exterior, a guerra comercial segue no centro das atenções. Na sexta, EUA e Canadá chegaram a um acordo para remover as tarifas sobre aço e alumínio. Enquanto isso, o governo chinês, por meio de sua mídia estatal, sinalizou que não teria interesse em retomar as negociações comerciais com o governo Trump, deixando a situação mais delicada.

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Agenda de indicadores
A semana contará com vários eventos que devem influenciar as expectativas sobre os juros globais. O primeiro é o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na segunda-feira (20), sendo que outros dirigentes da autoridade americana também falarão.

Na quarta, atenção especial para a ata da última reunião do Fomc, com expectativa de algum detalhes sobre um possível corte de juros nos EUA este ano. Semana tem ainda dados do PMI Markit de maio, de vendas de moradias novas e os pedidos de bens duráveis.

Na Europa, Mario Draghi fala na quarta, enquanto o Japão divulga o Produto Interno Bruto (PIB) ainda neste domingo.

Entre os dados domésticos, o IPCA-15 de maio, considerado uma prévia da inflação, será divulgado na sexta-feira (24) e a estimativa mediana compilada pela Bloomberg aponta para uma desaceleração do índice de 0,72% para 0,40%, com o acumulado de 12 meses em 4,95%, ante 4,71% em abril.

Clique aqui e confira a agenda completa de indicadores.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.