Após decepção de IPO, ação do Uber está no foco de investidores

As ações do Uber Technologies retomam as negociações na segunda-feira 7,6% abaixo do preço da oferta inicial após a decepção de sexta-feira

Bloomberg

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(Bloomberg) — Investidores decepcionados com o Uber tiveram o fim de semana para se preparar para o que deve ser uma semana difícil para os mercados, em parte porque a escalada da disputa tarifária do presidente Donald Trump com a China deve pesar sobre as negociações.

As ações do Uber Technologies retomam as negociações na segunda-feira 7,6% abaixo do preço da oferta inicial após a decepção de sexta-feira. Entre os fatores que golpearam o maior IPO do ano: uma onda vendedora no mercado acionário na manhã de sexta-feira e fracos resultados divulgados pela Lyft, principal rival do Uber.

“Embora a guerra comercial tenha causado volatilidade geral no mercado acionário, acreditamos que as fracas negociações com a Lyft foram o principal fator de impacto para o Uber”, disse Kathleen Smith, cofundadora da Renaissance Capital e gestora do fundo negociado em bolsa do IPO. “Os investidores estão usando os múltiplos do valuation da Lyft no Uber. E, como as ações da Lyft caíram, o mesmo aconteceu com as do Uber.”

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Nos últimos três dias de negociação, os papéis da Lyft se desvalorizaram 13,9%, para um nível recorde de baixa. Enquanto isso, o IPO ETF da Renaissance subiu 0,5%, superando o S&P 500. Assim, embora o Uber e a Lyft estejam experimentando uma “difícil descoberta de preços” e possam continuar assim nos próximos dias, o restante do mercado de IPO não parece ter sido afetado, disse Smith.

Na primeira hora depois do IPO da empresa de aplicativo de transporte, os investidores de varejo da TD Ameritrade executaram 1,8 vez mais operações do que nas primeiras 2,5 horas após a oferta da Lyft, segundo Alyson Nikulicz, da TD Ameritrade, onde o Uber respondia por 10% das negociações com renda variável na sexta-feira às 13h28 em Nova York.

Antes da estreia do Uber, de um total de 60 empresas, apenas quatro IPOs de US$ 1 bilhão ou mais registraram baixa das ações de pelo menos 5% desde o início da década. Apenas sete terminaram o primeiro dia de negociação no vermelho.

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“Acreditamos que este seja um tipo de obstáculo de curto prazo, não vemos isso como uma Lyft 2.0”, disse Dan Ives, diretor da Wedbush Securities, em entrevista à Bloomberg TV. “Continua sendo uma história sobre ’me mostre’” resultados, disse.

Por enquanto, a história é sobre volatilidade, já que operadores estão vendendo ações e outros ativos mais arriscados. O fim de semana de vaivém entre Trump e a China sugere que os títulos do Tesouro dos EUA e moedas como o iene e o franco suíço devem mostrar alta volatilidade.

–Com a colaboração de Sarah Ponczek.

Repórter da matéria original: Carolina Wilson em New York City, cwilson166@bloomberg.net

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