Bolsa chega aos 100 mil pontos mesmo sem Previdência e Guedes garante Bolsonaro liberal, dizem analistas

SÃO PAULO – Os analistas da Nord Research, Marilia Fontes e Renato Breia defenderam no programa Analistas sem Censura desta terça-feira (30), que a Bolsa deve retomar os 100 mil pontos mesmo sem a Reforma da Previdência passar e afastaram a possibilidade de um presidente Jair Bolsonaro mais intervencionista. 

Para eles, apesar das falas não oportunas sobre o Banco do Brasil ontem, o liberalismo econômico do País está garantido. “O Bolsonaro não é a nova [ex-presidente] Dilma [Rousseff] porque ele tem como ministro da Economia o Paulo Guedes e não uma equipe cheia de economistas keynesianos”, destacou Marilia.

Causou algum ruído na sessão da véspera a “brincadeira” do presidente Jair Bolsonaro, falando que o Banco do Brasil deveria reduzir os juros do crédito para produtores rurais. Apesar do tom bem humorado, alguns investidores ficaram preocupados com aquela fala, em vista do recente veto a um aumento do diesel pela Petrobras por conta do medo de haver nova greve dos caminhoneiros. 

Para ela, apesar do passado desenvolvimentista do presidente, que adotou muitas vezes uma agenda de esquerda ao se opor a privatizações, qualquer ímpeto estatista está controlado pela sua equipe econômica, que pediria demissão em massa se houvesse chance de mudança radical de postura. “O Paulo Guedes disse que está representando uma agenda liberal. Se o presidente realmente estivesse indo por esse caminho, o Paulo Guedes sairia”, avalia.

Os analistas ainda falaram que a hora é boa para investir em estatais e que a Bolsa está barata no atual patamar. Na opinião dos especialistas, o Ibovespa deve chegar aos 100 mil pontos independente da aprovação da Reforma da Previdência. Assista ao programa que foi ao ar hoje às 15h (horário de Brasília). 

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