Hedge Fund que nadou contra a crise em 2018 aposta em emergentes

Haidar disse em uma entrevista que os mercados emergentes têm sua atenção novamente, depois de “uma década perdida"

Bloomberg

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(Bloomberg) — Os títulos em moeda local na Rússia, Indonésia e Colômbia são algumas das melhores apostas do mundo, de acordo com Said Haidar, fundador e diretor executivo de um fundo global de hedge de US$ 420 milhões que evitou a crise que atingiu a maior parte do setor no ano passado. Já o Brasil é o maior ponto de interrogação, mas pode ser o “trade da década” se a reforma da Previdência for aprovada.

Haidar disse em uma entrevista que os mercados emergentes têm sua atenção novamente, depois de “uma década perdida”. Crescimento mais lento da China, o legado da crise financeira e a má governança da Turquia ao Brasil, Argentina e Malásia abalaram os mercados emergentes, mas agora esses ventos contrários estão diminuindo, disse ele.

O Jupiter Fund da Haidar Capital Management teve um retorno de 8,1 por cento em 2018, beneficiando-se de posição comprada na Austrália e Nova Zelândia e vendida em Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, segundo uma pessoa a par do assunto. Pares perderam 6 por cento em média no mesmo ano. O Jupiter subiu outros 9,7% nos últimos três meses, disse a pessoa.

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Uma porta-voz da Haidar Capital Management não quis a comentar sobre o desempenho do fundo.

Haidar, nativo da Filadélfia, de 58 anos, vê valor nas ações A da China, assim como no rublo russo, rupia indonésia, peso colombiano e respectivos títulos. A Hungria parece menos atraente, dada a política dovish do banco central, enquanto a Turquia e a Índia podem enfrentar desafios se os preços do petróleo continuarem a subir, disse ele. Ainda assim, Haidar disse que o carry na Turquia é muito alto para posição vendida em lira.

O Brasil é o maior ponto de interrogação: se o presidente Jair Bolsonaro tiver sucesso com a reforma da Previdência, a nação latino-americana poderia ser o trade da década, disse ele, mas os possíveis atrasos fazem dele um dos maiores riscos de mercado.

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“Bolsonaro não é um político tradicional”, disse Haidar. “Eu acho que é provável que ele consiga algumas mudanças lá.”

Repórter da matéria original: Ben Bartenstein em Lima, bbartenstei3@bloomberg.net

Para entrar em contato com os editores responsáveis: Julia Leite, jleite3@bloomberg.net, Philip Sanders

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